25/06/2024 – 15:48
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Grupo de trabalho discutiu impactos da reforma tributária na empregabilidade
Os dois grupos de trabalho que analisam propostas de regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24 e PLP 108/24) já ouviram mais de mil pessoas em pouco mais de um mês de audiências públicas e reuniões internas. Os integrantes dos dois grupos informaram que manterão a finalização dos textos no dia 3 de julho, conforme acordado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) destacou que, no grupo que analisa a nova tributação sobre o consumo (PLP 68/24), foram realizadas 20 audiências públicas, 140 reuniões com setores específicos e três eventos externos. Foram entrevistados 979 expositores. O outro grupo, que trata do Comitê de Gestão do Imposto sobre Bens e Serviços (PLP 108/24), realizou quatro audiências públicas com 34 convidados. Mas também realiza reuniões específicas.
À medida que o prazo dos trabalhos se aproxima, muitas entidades têm procurado os parlamentares para voltarem a falar sobre suas demandas. “Todas essas informações que já foram prestadas, nos grupos de trabalho e nas mesas de audiência, estão sendo catalogadas pelos nossos assessores”, garantiu o deputado Luiz Gastão (PSD-CE).
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Hildo Rocha: imposto sobre grandes fortunas ainda é pouco compreendido pela população
Empregabilidade
O grupo dedicado à regulamentação da tributação do consumo ouviu vários sindicatos para discutir os impactos da reforma no mercado de trabalho. Os sindicalistas acreditam que a reforma trará mais produtividade e renda, pois abre espaço para mais investimentos; mas estão preocupados com um possível aumento de preços específicos.
Como a ideia é manter a carga tributária geral e se espera que as políticas façam com que os mais pobres paguem menos, Eduardo Maia, da Nova Central Sindical de Trabalhadores, teme que a carga recaia sobre os trabalhadores da classe média. “Se não houver aumento nas receitas provenientes da tributação dos super-ricos e dos ganhos de capital, alguém está pagando mais. E a nossa percepção é que os trabalhadores de rendimento médio, a classe média, sustentarão a justiça social.”
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Reginaldo Lopes: reforma vai gerar empregos de melhor qualidade
Grandes fortunas
Vários debatedores pediram então que a reforma fiscal continuasse com uma maior tributação dos rendimentos e dos bens para que os impostos sobre o consumo possam cair. Defendeu-se a tributação dos lucros e dividendos dos sócios das empresas e a regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas, já previsto na Constituição.
O deputado Hildo Rocha acredita que esse imposto é mal compreendido pela população. “Tem esse medo, quando você fala todo mundo pensa que é lá dentro. Ele acha que tem algo mais que o vizinho, que um parente, ele se acha rico. E, de facto, essas pessoas ricas que estamos a tentar tributar são outras.”
Para o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a reforma terá capacidade de gerar mais empregos e de melhor qualidade porque reduzirá a carga sobre os produtos industrializados. Segundo ele, estudos indicam 12 milhões de novos empregos em dez anos. “Até o nosso setor primário agregou valor. Não sou daqueles que pensam que a agricultura não tem valor. Tem valor acrescentado, tem investigação, tem conhecimento. Nos tornamos o maior supermercado do mundo no ano passado, ultrapassando os Estados Unidos. Mas podemos gerar mais empregos de valor acrescentado e vender empregos de valor acrescentado ao mundo, gerando mais riqueza.”
Para Marcus Pestana, diretor do Instituto Fiscal Independente, para que esses trabalhos aconteçam os parlamentares não devem aumentar os regimes especiais previstos até agora; ou seja, manter como estão os setores que terão isenções e alíquotas reduzidas.
Relatório – Silvia Mugnatto
Edição – Georgia Moraes
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