O presidente Lula passou mais uma semana de seu governo travando uma guerra política com o Banco Central. Não foi o primeiro nem deveria ser o último.
O fato é que tanto o líder petista quanto a autoridade monetária ganharam e perderam. Poderia até ter empatado, mas Lula voltou a errar na quinta-feira, 20, desequilibrando a balança contra si mesmo.
E eu explico o porquê.
A batalha começou com Lula chamando a atenção para o erro do presidente do BC, Roberto Campos Netoque aceitou o convite para Tarcísio de Freitaso governador bolsonarista de São Paulo, para receber uma homenagem com pompa e paetês no estado.
Assim como quando foi votar com a camisa da Seleção Brasileira, Campos Neto violou a independência do Banco Central ao participar de um jantar em sua homenagem, com claras conotações de ato político, no qual chegou a ser cogitado para o cargo de Ministro da Fazenda no caso de Tarcísio conquistar a presidência em 2026.
Politicamente astuto, Lula destacou esse movimento equivocado do presidente do Banco Central, justamente na semana em que o Copom iniciaria a discussão para saber se manteria ou não os juros em 10,5%.
A ideia era pressionar não só Campos Neto, mas o BC como um todo, para ver se a autoridade monetária mantinha a tendência de queda dos juros, que, na verdade, têm estado muito elevados.
Até então, Lula estava ganhando o jogo, mas na quarta-feira, 19, ao tomar a decisão de manter os juros nesse patamar, o conselho de administração do banco votou por unanimidade, incluindo os nomes do conselho de administração indicados pelo PT para não reduzindo as taxas de juros.
Foi o empate do BC na partida.
E obviamente, neste momento, o presidente e todo o seu discurso sobre a politização do Banco Central pela extrema direita, que atrapalha o crescimento do Brasil, perderam um pouco de força.
Lula então baixou o tom, dizendo que era uma pena para o Brasil e que os mais pobres saem perdendo com juros tão altos. Mas ela fez mais: voltou a criticar duramente a própria autonomia, levantando o espectro de uma mudança na lei. O dólar, que estava em queda, chegando abaixo de R$ 5,40, inverteu a curva e encerrou o dia em alta de R$ 5,46, a maior taxa de câmbio do governo Lula.
Um Banco Central ativo, independente e com a confiança do conjunto dos agentes econômicos buscará a redução da inflação, o que é sempre bom para o governo de plantão, seja de esquerda ou de direita.
Se Roberto Campos Neto errou ao aceitar o gesto político da extrema direita, que prejudicou justamente a importância da independência do BC, Lula não previu que a autoridade econômica votaria em massa pela manutenção dos juros.
A batalha estava terminando no um a um, mas Lula acabou perdendo mais. Aguardamos ansiosamente os próximos capítulos, que, dado o andamento da carruagem, não devem deixar de ser escritos. Seja por Lula ou pelo presidente do Banco Central.
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