CIDADE DO VATICANO – O arcebispo italiano Carlo Maria Vigano, um feroz crítico ultraconservador do Papa Francisco, foi considerado culpado de cisma e excomungado, disse o escritório doutrinário do Vaticano na sexta-feira.
Viganò, o enviado papal em Washington entre 2011 e 2016, escondeu-se em 2018 depois de alegar que o papa sabia há anos sobre a má conduta sexual do cardeal norte-americano Theodore McCarrick e não fez nada a respeito.
Ele disse que o papa deveria renunciar e posteriormente o rotulou de “falso profeta” e “servo de Satanás”.
O Vaticano rejeitou as acusações de Viganò de encobrimento de má conduta sexual e no mês passado convocou-o para responder acusações de cisma e negar a legitimidade do papa.
Num comunicado divulgado na sexta-feira, o gabinete doutrinário disse que os seus comentários públicos deixaram claro que ele se recusava a “reconhecer e submeter-se” ao Papa Francisco. Ele também rejeitou a legitimidade das reformas liberais feitas pela Igreja Católica Romana no Concílio Vaticano II na década de 1960, afirmou.
“Na conclusão do processo penal, o Reverendíssimo Carlo Maria Vigano foi considerado culpado do delito reservado (violação da lei) de cisma”, afirma o comunicado, acrescentando que ele foi excomungado, ou banido, da Igreja.
Numa mensagem no X, Viganò, de 83 anos, manteve-se impenitente, publicando o texto integral da decisão contra ele, que alertava que poderia ser expulso do sacerdócio católico romano se persistisse na sua postura.
Ele exortou os fiéis católicos a expressarem o seu apoio a ele, citando Jesus no Novo Testamento: “Se ficarem calados, as próprias pedras começarão a gritar.”
A decisão do Vaticano foi assinada pelo cardeal Víctor Manuel Fernandez, chefe do escritório de Doutrina da Fé, e pelo seu secretário, padre John Joseph Kennedy. Como é normal em tais assuntos, não foi assinado pelo papa, mas é altamente improvável que a punição tenha sido aplicada sem a sua aprovação.
Atacando o papa
Viganò, que comunica principalmente através da rede social X, disse no mês passado que se recusou a participar no processo disciplinar porque não aceitava a legitimidade das instituições por trás dele.
“Não reconheço a autoridade do tribunal que pretende me julgar, nem do seu prefeito, nem daquele que o nomeou”, disse ele, referindo-se a Fernández e a Francisco.
Num longo texto, Viganò referiu-se ao papa apenas pelo seu apelido, “Bergoglio”, e acusou-o de representar uma Igreja “inclusiva, imigracionista, eco-sustentável e amiga dos gays” que se tinha desviado da sua verdadeira mensagem.
Francisco irritou muitos conservadores ao fazer aberturas em relação aos divorciados e à comunidade LGBT, e ao dizer que a misericórdia e o perdão deveriam vir antes da aplicação estrita da doutrina católica.
O papa também se colocou em conflito com os conservadores e tradicionalistas ao defender os direitos dos migrantes e a luta contra as alterações climáticas, e ao condenar os excessos do capitalismo.
No ano passado, Francisco tomou medidas contra outro crítico arquiconservador dos EUA, demitindo o Bispo Joseph E. Strickland de Tyler, Texas, depois que ele se recusou a renunciar voluntariamente após uma investigação do Vaticano.
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