Em 2025, a Assembleia Geral da ONU debaterá uma resolução sobre os Direitos dos Povos Indígenas, com base num projeto aprovado em novembro passado.
O texto procura reforçar os compromissos dos países com medidas que garantam que os povos indígenas possam desfrutar de liberdade, paz e segurança e não sejam ameaçados pelo impacto crescente das alterações climáticas.
1. Reforçar a voz da ONU
O líder do povo indígena Yanomami no Brasil, Davi Kopenawa, esteve em Nova York no final do ano passado. Durante entrevista ao UN News, ele apresentou três mensagens que gostaria de colocar “nos corações” das autoridades mundiais.
Em primeiro lugar, destacou a importância do papel contínuo das Nações Unidas na protecção dos povos indígenas.
“Em primeiro lugar, quero agradecer a força da ONU. Se não houver ONU aqui nos Estados Unidos, quem nos protegerá? Por isso estou agradecendo, porque você ajudou a salvar o meu povo Yanomami, a salvar a nossa floresta, na terra Yanomami. Foi muito bom, muito forte, todo mundo ouviu o sofrimento do meu povo Yanomami, que vem de 20 a 30 anos atrás. E vou pedir mais às autoridades que continuem trabalhando, continuem lutando, para defender meu povo Yanomami de origem, que está cuidando da grande alma da floresta”.
Para Kopenawa, a ONU desempenha um papel crucial ao olhar para todos os contextos, e não apenas para “cidades ricas onde têm dinheiro, ouro e minerais”.
Ele apelou à comunidade internacional para que não permita que terras indígenas já protegidas sejam “estragadas”.
No segundo ponto de sua mensagem, ele falou da importância de cumprir as promessas feitas ao povo indígena Yanomami e de combater as mineradoras da região.
2. Respeito pelos direitos conquistados
“Eles não podem pensar que já está tudo resolvido, que não há problema. O problema não acabou, o problema continua. Então vou perguntar novamente neste ano, 2024 e 2025, a nossa terra Yanomami foi aprovada e cadastrada, mas não está sendo respeitada. Os invasores retornaram. As mineradoras, as grandes mineradoras, querem entrar nas terras demarcadas e homologadas, não podem.”
Segundo Kopenawa, outra preocupação é com a tese do Marco Temporal, em discussão no Supremo Tribunal Federal. Para ele, essa abordagem visa reduzir as terras Yanomami, bem como as áreas das tribos Munduruku e Kayapó, entre outras.
O líder indígena teme que o avanço da tese leve a uma nova onda de invasões em áreas já demarcadas, provocando novos retrocessos no direito à terra, duramente conquistado pelos povos indígenas no Brasil.
3. Unidade entre as pessoas
Kopenawa, que também se apresenta como o líder espiritual do seu povo, ou xamã, defende a harmonia entre todas as raças para proteger a natureza, com o apoio das Nações Unidas.
“O universo é um. Somos um povo único, junto com o homem branco, com o negro, com as montanhas, com os rios. Somos únicos, unidos. Então a ONU é quem quer olhar mais. Não se trata apenas de olhar para a cidade, não se trata apenas de olhar para o Estado, temos que olhar para o nosso universo global.”
Para o chefe dos Yanomami, somente uma ação conjunta e global poderá deter o ritmo de devastação florestal e a propagação de doenças associadas à crise climática.
Kopenawa destacou que por meio da ONG que preside, a Associação Hutukara Yanomami, já existe um trabalho sólido em defesa do “planeta-terra”. Ele pediu às autoridades que “ouçam, acreditem e gostem” deste tipo de intervenção.
Apresentando-se como “filho da Amazônia”, disse esperar que essas três mensagens ressoem nos espaços de decisão e que os povos indígenas não sejam esquecidos.
emprestimos aposentados e pensionistas
simular empréstimo aposentado
empréstimo consignado online rápido
emprestimos para pensionista do inss
emprestimo aposentado simulador
emprestimos aposentados simulação
empréstimo aposentado e pensionista
emprestimo aposentado pensionista
empréstimo pelo inss
emprestimos
emprestimo para aposentados inss