Grupos de indígenas do Brasil estão entre os vencedores do Prêmio Equador 2024

Grupos de indígenas do Brasil estão entre os vencedores do Prêmio Equador 2024


A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari e o Coletivo Indígena Ambientalista Ação pela Natureza, do Brasil, receberam o Prêmio Equador 2024.

Os dois grupos estão entre os vencedores da 15ª edição da premiação anual realizada por uma parceria liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o PNUD.

Melhorar a qualidade de vida e a proteção ambiental

O evento de 2024 concede 11 prêmios a povos indígenas e comunidades locais de diversas partes do mundo sob o tema “Natureza para Ação Climática”. Além do Brasil, foram incluídas iniciativas de Bangladesh, Colômbia, Irã, Quênia, Marrocos, Senegal e Zâmbia após se destacarem entre mais de 600 candidatos de 102 países.

O centro de atuação da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Univaja, é o Projeto de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari. A iniciativa utiliza tecnologia digital para monitorar e rastrear incursões no segundo maior território indígena do Brasil.

A área de 8,5 milhões de hectares abriga uma das maiores populações indígenas do mundo em isolamento voluntário. Os tópicos de interesse incluem a defesa dos direitos constitucionais, a preservação do conhecimento tradicional e a proteção do território partilhado.

© UNESCO/M&G Therin-Weise

Uma onça emergindo da floresta, no Pantanal, Brasil

Sistemas agroflorestais e restauração de áreas degradadas

O Coletivo Indígena Ambientalista de Ação pela Natureza, Agroecologia e Sustentabilidade, Caianas, reúne mato-grossenses. O trabalho desenvolvido tem como foco a melhoria da qualidade de vida e a proteção ambiental nas regiões do Cerrado e do Pantanal.

Há nove anos, famílias indígenas são capacitadas por meio de práticas culturais e etnoagroecológicas, abordando temas como “sementes híbridas e infertilidade do solo por meio da recuperação de sementes tradicionais, implantação de sistemas agroflorestais e recuperação de áreas degradadas”.

Outra área de atuação desse grupo premiado são parcerias com universidades e órgãos governamentais para formação em agroecologia.

Para o PNUD, os vencedores do Prémio Equador deste ano “exemplificam o potencial transformador das soluções indígenas e locais baseadas na natureza no combate à crise climática”.

O PNUD destaca que além de proteger, estas iniciativas “conservam e restauram os ecossistemas, mas também integram a natureza nas estruturas de planeamento, preservam o património cultural, aumentam a resiliência aos impactos das alterações climáticas e promovem uma economia verde justa, inclusiva e circular”.

Povos indígenas e comunidades locais

Ao comentar o Prémio Equador 2024, o Secretário-Geral Adjunto da ONU, Marcos Neto, enfatizou que os povos indígenas e as comunidades locais detêm as chaves para soluções climáticas eficazes.

Também diretor do Gabinete de Apoio a Políticas e Programas do PNUD, destaca que os nativos “abrem o caminho para um futuro sustentável para as pessoas e para o planeta com sabedoria e liderança, iluminam o caminho para a resiliência climática, economias verdes equitativas e um mundo positivo para a natureza”.

Este ano, cada vencedor do Prêmio Equador 2024 recebeu US$ 15 mil e o direito de participar de eventos virtuais vinculados à Assembleia Geral da ONU e à Cúpula do Futuro, marcada para setembro.

As reuniões deste ano incluem a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade de 2024, em Cali, na Colômbia, e a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Baku, no Azerbaijão.



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