Presidente angolano pede reforma financeira global e destaca avanços no desenvolvimento do país

O Presidente angolano, João Lourenço, defendeu uma nova ordem financeira global no seu discurso nos debates gerais da 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, esta terça-feira.

Reforçando o seu discurso na Cimeira do Futuro, afirmou que o país apoia a implementação de reformas que conduzam a uma representação mais justa dos países africanos nas principais instituições financeiras internacionais.

Nova arquitetura financeira global

“Pretendemos fazer parte da construção de uma nova arquitectura financeira internacional, no âmbito da qual é necessária uma colaboração mais estreita entre os Estados, com vista a combater eficazmente o fluxo ilícito de capitais e a recuperação de activos, muitas vezes incompreensivelmente dificultada por países que manter os fundos sob seu controle. É importante notar que os recursos provenientes da recuperação de activos têm um efeito directo na implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e, portanto, na melhoria das condições gerais de vida das populações.”

Lourenço falou sobre a luta do seu governo contra a corrupção, afirmando que cidadãos foram julgados e condenados, tendo sido recuperados bens. Segundo ele, estes activos são necessários para a construção de infra-estruturas civis, como escolas, hospitais e serviços de energia e água.

Rota do progresso

O Presidente angolano afirmou que o país está a fazer um grande esforço para continuar “no caminho do progresso e do desenvolvimento”, assente no Plano de Desenvolvimento Nacional.

Explica que o projecto procura diversificar a economia, reduzir a dívida pública, mobilizar receitas internas, optimizar a despesa pública em áreas como a saúde, a educação e a execução de programas específicos de protecção social.

Segundo Lourenço, as tarefas são complexas e requerem tempo e recursos humanos qualificados para serem executadas. No entanto, nota progressos encorajadores e mencionou a construção de sistemas de transferência de água para zonas fortemente afectadas pela seca.

Explicou que, no sul de Angola, “a pobreza e a miséria estão a abrir caminho a uma perspectiva de prosperidade e de uma vida mais digna para as populações que podem agora contar com água suficiente disponível para transformar zonas áridas em áreas de produção agrícola e pecuária”. ”.

Segundo o presidente, para melhorar o quadro social nacional e criar factores que potenciem o desenvolvimento da indústria e da agricultura, o país procura levar energia a todo o país, investindo na produção de fontes limpas com a construção de grandes barragens hidroeléctricas e fotovoltaicas. parques. .