As comemorações dos 16 Dias de Activismo contra a Violência contra as Mulheres decorrem num contexto desfavorável à igualdade de género, promoção e protecção dos direitos das mulheres na Guiné-Bissau. Os activistas denunciam situações de discriminação e violações sistemáticas dos direitos humanos.
Igualdade de género
Para contrariar a tendência, foi lançado em Bissau um Observatório dos Direitos da Mulher como parte dos 16 Dias de Activismo. A nova plataforma irá monitorizar o país e divulgar a situação das mulheres através de recolha, organização e análise rigorosa e sistemática de informação.
Basicamente, o projecto financiado pelo Instituto Camões da Cooperação e da Língua, irá trabalhar para promover a igualdade de género, proteger os direitos e empoderar as mulheres.
Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, com o apoio de todos os intervenientes e a colaboração das entidades estatais e organizações parceiras, os casos podem ser reduzidos e contribuir para a promoção da igualdade de género e a protecção dos direitos das mulheres.
“Temos indicadores que nos mostram que a taxa de analfabetismo na Guiné-Bissau afecta muito as mulheres, a violência de género está normalizada na sociedade e nos últimos anos temos assistido a fenómenos que eram desconhecidos na Guiné-Bissau, nomeadamente o feminicídio”.
Espancando até a morte
Só em 2024 foram registados cinco casos de feminicídio, dos quais quatro foram cometidos em Gabú, região leste do país. O último caso aconteceu no final de Agosto na região de Tombali, a vítima era uma jovem de 18 anos que se recusou a casar com um homem de 50 anos. Ela foi espancada por um grupo de mulheres e não resistiu.
A Guiné-Bissau tem leis que proíbem a mutilação genital feminina desde 2011. Em 2010, quando o processo legislativo começou, os dados oficiais indicavam que o número de mulheres vítimas da prática era de 45 por cento. Atualmente o número de mulheres é de 52 por cento.
Para Turé, a perpetuação destas práticas que violam os direitos das mulheres, a democracia e o Estado de direito, com consequências económicas e sociais, deve-se às práticas culturais tradicionais, à negligência e à falta de vontade política por parte das instituições responsáveis pela aplicação da lei. .
“Embora o país tenha adoptado um conjunto de legislação que proporciona protecção aos direitos das mulheres, de um ponto de vista prático não tem havido capacidade de resposta institucional por parte das entidades responsáveis pela aplicação da lei, e a impunidade está, portanto, a ser promovida. ”.
Esferas de decisão
No que diz respeito à participação das mulheres nas esferas de tomada de decisão, os dados não revelaram melhorias. Na legislatura anterior, apenas 14 dos 102 deputados do país eram mulheres, enquanto nas últimas eleições o número de deputadas caiu para 11, o nível mais baixo de sempre.
Recorde-se que a Guiné-Bissau tem uma lei de paridade que estipula uma quota mínima de 36% para mulheres nas esferas de representação política. As organizações defensoras acreditam que os direitos das mulheres e a igualdade de género são questões de interesse nacional, democracia, Estado de direito e desenvolvimento.
A realidade para muitas mulheres na Guiné-Bissau ainda é de desigualdade, discriminação e vulnerabilidade, continuando a enfrentar obstáculos significativos no acesso à educação, saúde, justiça e desigualdade laboral que não foram satisfeitas com a devida remuneração.
A educação dos filhos e familiares menores é outra responsabilidade que também recai sobre as mulheres e que não é devidamente reconhecida e valorizada.
*Amatijane Candé é correspondente da ONU News em Bissau
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