Técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, Zé Roberto se abriu sobre o futuro e o passado. Em entrevista com Uolo profissional de 70 anos comentou se pretende comandar clubes em 2025 e como foi o processo de escolha para permanecer à frente da seleção.
Futuro no comando dos clubes
Até o final de outubro, Zé Roberto comandou o THY, do Türkiye. Livre no mercado após pedir demissão, ele explicou que tem concentrado suas energias na Seleção Brasileira, mas não descarta estudar possibilidades. “Não posso dizer não totalmente, porque pode surgir um convite e acho que nunca devemos fechar as portas às experiências”, comentou.
Ele falou rapidamente sobre o que o motivou a deixar o antigo clube: “Chega um momento na sua vida que você tem que escolher um pouco as suas batalhas. Concordar ou não concordar, isso faz parte das nossas escolhas. Achei que era hora de voltar atrás… O que ficou naquela sala, no dia em que falei com os jogadores e dirigentes, foi uma demissão. Era um momento que estávamos passando, estávamos vivendo, mas continuamos amigos, nos respeitando.”
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Permanência na Seleção Brasileira
Zé Roberto detalhou que viveu os últimos dias das Olimpíadas Paris 2024 como se fossem os últimos como técnico da Seleção Brasileira. Logo após conquistar o bronze, contra a Turquia, refletiu.
“Sentei no banco, tomei um gole d’água e comecei a olhar para a arquibancada, para as pessoas. Isso me deu uma emoção enorme e comecei a chorar naquela cena. Lá, senti que realmente poderia ser minha última vez como técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, depois de 21 anos na função”, disse.
A essa altura, Radamés Lattari, presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), já havia feito a proposta de renovação. Mas a dúvida permaneceu. Ao voltar para casa, conversou com pessoas próximas e, motivado pelo terceiro lugar, tomou a decisão de ficar,
Todo mundo perguntou: ‘Você não vai parar, né?’ Amigos, família… Todos questionam a mesma coisa. Fui à igreja, orei e pedi que me dessem alguma luz. Pensei com calma, todos esses anos voltaram para mim e eu disse: ‘Acho que não é hora de parar’”
Zé Roberto, técnico da seleção brasileira
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O comandante já está de olho na próxima temporada da seleção. Em 2025, o Brasil disputará a Liga das Nações e o Campeonato Mundial. As expectativas são boas.
“Esperamos fazer um bom trabalho, que possamos chegar à final e conquistar nosso primeiro título da VNL. Temos uma boa seleção, os jogadores são talentosos… Falando em ciclo olímpico, acho que é promissor. Os resultados são a única coisa que não posso garantir, porque também vai depender do desempenho dos nossos adversários. Estou otimista com a equipe que temos, com os desafios e com o cronograma. Acredito muito no treinamento. E eu sei que essas meninas gostam de treinar, gostam de aprender. Teremos pela frente bons adversários que nos farão crescer”, acrescentou.
Último ciclo
Zé Roberto já avisou. Ele pretende permanecer na seleção brasileira até as Olimpíadas de Los Angeles, em 2028. Depois, os responsáveis pela federação nacional terão que encontrar outra opção.
“Acho que será a última (Olimpíadas). Já tenho 70 anos. Me cuido muito, treino todos os dias para ficar em forma. Trabalhei em Türkiye até recentemente, sempre tentando me reciclar, vendo os rumos que o voleibol está tomando, conhecendo todos os jogadores do mundo. Mas acho que esse ciclo será o último”, disse o comandante após receber o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, no Prêmio Brasil Olímpico (PBO).
A notícia Vôlei: Zé Roberto fala sobre treinar o clube em 2025 e permanecer na Seleção foi publicada pela primeira vez no No Attack do No Attack
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