Claudinha, um dos maiores nomes da história do Praia Clube, decidiu deixar as quadras de vôlei, mesmo que momentaneamente, para realizar o sonho pessoal de ser mãe. Em entrevista exclusiva com No ataquea levantadora justificou a quebra em seu auge e revelou surpresas ao longo da carreira.
Entrar em quadra e disputar uma partida da Superliga Feminina é apenas a ponta do iceberg na vida de uma atleta. Foram anos lidando com pressões de todas as formas, principalmente físicas e psicológicas. O desgaste é uma loucura. Até chegar a um ponto em que respirar deixa de ser uma escolha e passa a ser uma necessidade.
Pelo Praia Clube, Claudinha conquistou o que foi possível no Brasil: Campeonato Mineiro (2015, 2019, 2021 e 2023), Superliga (2017/18 e 2022/23), Supercopa do Brasil (2019, 2020 e 2021), Desafio MG-RJ (2019/20), Troféu Super Vôlei (2020), Copa Brasília (2023) e Copa Brasil (2024). Fora do país, conquistou o Campeonato Sul-Americano (2021 e 2023).
Então, por que parar agora? O desgaste falou mais alto, mas mesmo assim, não tornou a decisão simples. “Foi muito difícil ter que abrir mão de algo que tanto amo para realizar outros sonhos. O motivo da minha pausa é ser mãe. Eu estava muito desgastado há anos. Chegar ao topo é difícil, mas permanecer é ainda mais difícil. Claro que se tivesse que continuar teria energia, é isso que adoro. Às vezes, só precisamos de um tempo para recarregar as energias e voltar”, disse o levantador de 36 anos.
Por não fazer parte da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, Claudinha pôde aproveitar o intervalo entre as temporadas para descansar, mas dessa vez foi diferente: “O sonho de ser mãe falou mais alto. Combinei o útil com o agradável.”
Decisão ponderada
Não foi da noite para o dia que o levantador decidiu tentar engravidar. O antigo sonho começou a ser considerado na penúltima temporada.
“Já havia um sentimento ali. Irei para o próximo? Talvez não? Como estava com um pouco mais de energia, falei ‘tudo bem, vou’. Quantas coisas boas aconteceram. Com certeza, eu precisava de mais uma temporada”, detalhou ela.
Claudinha sempre colocou a carreira em primeiro lugar. Mas alguém a fez repensar: “Quando conheci meu marido, os sentimentos começaram a mudar. Você começa a querer outras coisas também e isso te abala.” A levantadora se casou com Pixote, atleta de futsal de Tubarão, em julho do ano passado.
Incomodações e críticas
O cansaço mencionado por Claudinha está completamente relacionado às demandas externas. Portanto, foram considerados inadequados.
“Sempre fui muito atacado nas redes sociais. O que não deu certo foi culpa da Claudinha. O que funcionou, nunca. Não que eu quisesse mérito, mas sempre foi assim. Ao longo da minha carreira, tentei me proteger. Mas ainda assim, é chato. E fica cansativo. Porque tudo que você faz, seja campeão de vários campeonatos, esteja em finais e seja sempre massacrado. Não ter o reconhecimento, talvez, de uma seleção brasileira, que é o sonho de qualquer atleta. Quem não quer estar nas Olimpíadas? O processo é doloroso, mas chegar ao topo é maravilhoso.”
Para não cair em julgamentos, o levantador investiu no autoconhecimento. O trabalho com terapeutas também foi necessário. “Durante muito tempo parecia que não havia levantador em quadra. Graças a Deus estou muito bem resolvido. Tenho muita ajuda, claro. Não chegamos a lugar nenhum sozinhos. Mas digo que meu caminho sempre foi muito mais difícil. As oportunidades eram mínimas e tentei agarrá-las mesmo assim. Talvez eu tivesse parado no mesmo caminho há muito tempo”, acrescentou.
Obstáculos com o Praia Clube
Claudinha optou por jogar a temporada anterior, mas revelou que quase desistiu no meio. A razão? Obstáculos dentro do clube.
“Eles disseram algumas coisas, começaram a fazer outras. Foi quando comecei a ficar chateado. Não pelo que estava acontecendo, mas pela forma como foi feito. Sempre fui uma pessoa que não gosta de injustiça. A única pessoa que pode dizer ‘vou desistir’ é você, e mais ninguém, nunca. Eu estava lá por mim mesmo, então o que o outro vai fazer comigo, eu não tenho controle”, detalhou.
O desejo de ficar valeu a pena. Somente na temporada passada, o atleta conquistou o Mineiro e a Copa Brasil.
Eu ainda saí como, meu Deus, o salvador. E olha que loucura. Eu digo ‘sou muito abençoada, mesmo quando alguém tentou fazer o mal, foi para o meu bem’”, acrescentou.
A notícia Vôlei: motivada pelo sonho de ser mãe, Claudinha justifica folga do auge e revela reviravoltas foi publicada pela primeira vez em No Attack, de Sofia Cunha.
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