Tênis: Roland Garros bane álcool das arquibancadas; saiba motivo

Tênis: Roland Garros bane álcool das arquibancadas; saiba motivo


Tênis: Roland Garros proíbe bebidas alcoólicas nas arquibancadas; descubra o porquê (Platéia durante partida de tênis em Roland Garros, França)

Por André Fontenelle – Bebidas alcoólicas estão proibidas a partir desta quinta-feira (30/5) nas arquibancadas do Aberto da França de Tênis, em Roland Garros. A decisão inédita, anunciada pela diretora do torneio, a ex-tenista francesa Amélie Mauresmo, se deve aos excessos cometidos pelos torcedores nos últimos dias.

Mauresmo também anunciou que foram emitidas directrizes mais rigorosas para os árbitros, que têm o poder de ordenar a remoção de espectadores inconvenientes.

O caso de maior repercussão ocorreu com o tenista belga David Goffin, na partida da primeira rodada, em que eliminou o francês Giovanni Mpetshi Perricard. Um fã supostamente cuspiu chiclete em Goffin. O belga enfrentou insultos durante a maior parte das três horas e meia de jogo.

Número um do ranking feminino, a polonesa Iga Swiatek também reclamou do comportamento da torcida na partida em que superou a japonesa Naomi Osaka, na noite de quarta-feira (29/5). Um fã gritou “fora” em determinado momento, perturbando Swiatek. “Há muito dinheiro em jogo, torcida entre os pontos, não durante”, questionou o polonês após a partida.

Goffin disse que o “desrespeito” aumentou “nos últimos dois anos”. Ele até comparou os torcedores ao futebol. “Em breve teremos sinalizadores, hooligans e brigas nas arquibancadas.”

O líder do ranking masculino, Novak Djokovic, reclamou com um torcedor durante a vitória sobre o espanhol Roberto Carballés Baena, no segundo turno (6/4, 6/1 e 6/2): “Ele gritou algumas palavras durante o ponto. Não há problema em apoiar meu oponente, mas estando tão perto, eu estava atrapalhando. O árbitro explicou que não poderia anular o ponto por interferência”.

Djokovic acrescentou que gosta de ver os fãs “torcendo e cantando”. “Às vezes tive um caso de amor com os fãs [francesa], e em outros, momentos difíceis. Vivi os dois lados. É lindo. Mas é uma linha delicada. Essa linha é ultrapassada quando há desrespeito ao jogador.”

Questionado por Folha, Amélie Mauresmo disse não saber o motivo dessa suposta piora na educação pública. Mas ela até atribuiu isso ao entusiasmo pós-pandemia da Covid-19, período em que as competições esportivas foram canceladas ou disputadas sem torcedores.

Fora das arquibancadas, bebidas alcoólicas continuam permitidas em todo o complexo de Roland Garros. Eles são uma importante fonte de receita para o torneio.

Uma taça de champanhe (120 ml) custa 18 euros (R$ 100); um copo de cerveja belga, 6 euros (cerca de R$ 35); e uma taça do vinho mais barato (argentino), 9 euros (aproximadamente R$ 50).

O coquetel Le Roland Garros (champanhe Moët et Chandon, xarope de gengibre e refrigerante com flor de sabugueiro e raspas de laranja) custa 19 euros (cerca de R$ 107). Apesar dos preços, por toda parte há filas nos bares e pessoas andando com copos de bebida na mão.

A notícia Tênis: Roland Garros proíbe bebidas alcoólicas nas arquibancadas; Descubra por que foi publicado pela primeira vez no No Attack da Folhapress.



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