Quem é Hugo Calderano, brasileiro do tênis de mesa na Olimpíada de Paris 2024?

Hugo Calderano tem um sonho: conquistar a primeira medalha olímpica do Brasil no tênis de mesa. Tricampeão pan-americano, o poliglota brasileiro – fala sete idiomas – chega a Paris 2024 para disputar a terceira edição dos Jogos de sua carreira. Em ótima forma, é forte candidato ao pódio e inicia sua caminhada rumo à final neste domingo (28/7), às 16h (horário de Brasília), contra o cubano Andry Pereira, na Arena Paris Sul.

“Acho que é a melhor fase da minha carreira”, disse o mesatenista ao ge.globo antes do início das Olimpíadas. Atual número 6 do mundo e um dos quatro cabeças de chave de Paris, o carioca de 28 anos alcançou o terceiro lugar do ranking em 2022 – o melhor da história do Brasil e de toda a América Latina.

Dono das duas melhores campanhas do tênis de mesa do Brasil nas Olimpíadas, Calderano está pronto para se superar mais uma vez e fazer história no tênis de mesa brasileiro. Descubra sua jornada para chegar ao topo do ranking esportivo mundial.

A história de Hugo Calderano

Filho de professores de educação física, Hugo sempre foi incentivado a praticar diversas modalidades esportivas. Antes de chegar ao tênis de mesa, ele jogava vôlei e basquete – mas era na raquete que o menino era bom.

O talento de Calderano começou cedo a “fazer barulho”. Em 2009, conquistou o Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta escolar e, dois anos depois, aos 15 anos, venceu uma partida contra o ídolo Hugo Hoyama, maior nome do esporte no Brasil e dono de dez medalhas de ouro no Jogos Pan-Americanos.

Hugo ganhou destaque internacional ao chegar ao topo do ranking do Circuito Mundial Juvenil em 2012 – foi o primeiro brasileiro na história a conseguir esse feito – e ao conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014.

A primeira grande conquista profissional de Hugo veio em 2015. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, os primeiros da carreira, o carioca conquistou de imediato duas medalhas de ouro, em competições individuais e coletivas.

No ano seguinte, disputou as primeiras Olimpíadas na cidade onde nasceu, o Rio de Janeiro, e se saiu bem: chegou às oitavas de final, igualando a campanha que, na época, foi a melhor história do esporte brasileiro – liderou de Hugo Hoyama, nos Jogos de Atlanta de 1996.

Em 2017, Calderano chegou ao top 20 mundial e, pouco mais de um ano depois, chegou ao top 10 – um brasileiro nunca havia chegado tão alto no ranking. Em 2019, em Lima, conquistou mais duas medalhas de ouro no Pan-Americano (individual e duplas), além do bronze por equipes. Essas conquistas o tornaram o favorito ao pódio das Olimpíadas de Tóquio 2020 (realizadas em 2021). O favoritismo não se consolidou, mas o carioca conseguiu se superar e chegar às quartas de final, etapa nunca alcançada por um atleta brasileiro.

Desde os Jogos do Japão, Hugo tem evoluído cada vez mais – em 2022, chegou ao top 3 mundial e, em 2023, conquistou três medalhas no Pan de Santiago: duas de ouro (individual e por equipes) e uma de prata (duplas). ). Para coroar a grande fase, o atleta promete ir longe em Paris 2024 e vai em busca da medalha inédita para o tênis de mesa brasileiro.