Conforme previsto e avisado, os três principais candidatos ao título do Campeonato Brasileiro têm sofrido muito com as ausências provocadas pelas convocações dos seus jogadores para as seleções que disputam a Copa América. A diferença é que enquanto Flamengo e Palmeiras conseguem vencer seus jogos, apesar de muitas dificuldades, o Atlético vem falhando rodada após rodada, inclusive na Arena MRV, onde costuma ser forte.
A explicação é que o rubro-negro e o alviverde possuem grupos mais qualificados que o alvinegro, mas também pela sequência de problemas físicos no Galo, que também convive com indisciplina, exageros de arbitragem e até compromissos pessoais de seu principal jogador, Hulk , que não enfrentou o Fortaleza porque foi aos EUA assistir ao nascimento de uma filha.
Aliado a isso está o fato de a diretoria ter permitido a saída de jogadores mesmo sabendo que possíveis reforços teriam que esperar até 10 de julho, quando reabre a janela de transferências no Brasil, para estrear. É claro que houve um erro de avaliação, pois jogadores como o zagueiro Jemerson e os meio-campistas Edenílson e Patrick podem não ter recebido a simpatia do time atlético, mas certamente seriam úteis neste momento de escassez do técnico Gabriel Milito.
Obviamente era impossível prever a série de lesões que assolam a Cidade do Galo. Se não tivesse mais o lateral-esquerdo e o volante Rubens (lesão no joelho esquerdo), o meia Otávio (lesão na coxa esquerda), o técnico perderia o atacante Alisson (entorse no tornozelo esquerdo) e ainda poderia ficar sem o lateral-direito Saravia e o zagueiro Mauricio Lemos, que saiu da partida contra o Leão do Pici com dores nas respectivas coxas esquerdas.
Para completar, o goleiro Everson revelou, neste domingo, que estava jogando no sacrifício, pois sofreu uma luxação de um dedo. Não justifica, mas ajuda a entender por que ele não vem tendo um desempenho tão bom, a ponto de ser questionado por fãs que antes o idolatravam.
Isso afeta o aspecto psicológico da equipe. Os problemas aumentam, os resultados não vêm e a confiança desaparece, até porque os adversários têm aproveitado a má fase alvinegra, como ficou claro no golo de Breno Lopes, com um remate muito difícil à entrada da área que atingiu o canto superior esquerdo. do gol defendido por Everson. O mesmo havia sido feito por Matheusinho, do Vitória.
Aparentemente, cabe aos atletas pedir proteção para que não ocorram novas lesões e a maré vire. E aguardem também o dia 10 de julho, quando meu querido Bernard poderá estrear com a camisa preta e branca. Não basta e a diretoria precisa se movimentar. Ou a torcida sofrerá o terceiro ano seguinte sem títulos importantes.
Casa própria
O Flamengo está cada vez mais perto de anunciar a construção de um estádio próprio. Tenho dificuldade em pensar que seja uma boa ideia para um clube que, junto com o Fluminense, tem o direito de administrar o Maracanã, verdadeiro templo do futebol mundial.
Na época da reforma do Mineirão, eu esperava que Atlético e Cruzeiro se unissem para administrá-lo. Não foi isso que aconteceu. E o Galo acabou optando por construir a própria casa, o que foi possível graças à doação do terreno pelo atual proprietário da SAF alvinegra.
Também esperava que o Corinthians fosse o responsável pelo Pacaembu, um dos estádios mais charmosos do mundo. O Timão, porém, preferiu construir o Itaquerão, inaugurado há mais de 10 anos e ainda sem pagamento.
Espero que os cartolas saibam o que estão fazendo.
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