Paris nos deixam lições importantes – Esportes

Paris nos deixam lições importantes – Esportes


As Olimpíadas de Paris acabaram e já estou com saudades. Para quem trabalha no jornalismo esportivo, grandes acontecimentos provocam viagens cansativas, mas muito prazerosas, pois nos dão a certeza de que estamos presenciando – e retratando – a história sendo feita.

É também uma oportunidade para aprendermos muito com os atletas e com as competições, muitas delas extremamente acirradas. Porém, os derrotados não conseguem reconhecer o mérito dos adversários, como aconteceu com a ginasta norte-americana Simone Biles ao ser derrotada pela brasileira Rebeca Andrade no chão.

Os dois se admiram de verdade, sabem que um ajuda o outro a não relaxar, a buscar constantemente a evolução. E comemoram quando vencem e quando o concorrente tem um bom desempenho.

No skate também existe muita camaradagem entre os atletas. Alguns torcem para os outros, torcem quando alguém faz uma manobra audaciosa, incentivam os concorrentes a correr riscos, a quebrar os próprios limites.

Nos esportes coletivos isso é um pouco mais difícil. No vôlei feminino, vimos a seleção brasileira ser mais uma vez superada pelos EUA, como já havia acontecido na final de Tóquio 2020. Nenhum dos comandados por José Roberto Guimarães se contentou em ser excluído da disputa do ouro nas semifinais e no a rivalidade tende a aumentar.

A mesma coisa aconteceu no futebol feminino. Pela terceira vez, o Brasil perdeu uma final olímpica para os norte-americanos, tendo que se contentar com a prata, como em Atenas 2004 e Pequim 2008.

Mas não houve tantas reclamações como estamos acostumados no futebol masculino do nosso país. Aqui, jogadores e membros da comissão técnica reclamam mesmo quando vencem, os árbitros e seus auxiliares muitas vezes têm que deixar o campo escoltados por policiais ou seguranças e não são incomuns as disputas entre atletas após o apito final.

São cenas deploráveis, mas fazem parte do nosso dia a dia. Seria bom que os clubes instruíssem melhor seus funcionários, pois são eles os principais interessados ​​em garantir que o público seja tratado com um espetáculo, e não com grosserias verbais e físicas ou mesmo com cenas de boxe.

Os patrocinadores não devem ficar nada satisfeitos quando profissionais saem às ruas usando suas marcas, dando mau exemplo para crianças e jovens. Um pouco de espírito olímpico não faria mal aos nossos jogadores de futebol.

CLÁSSICO SEM OBJETIVOS

Cruzeiro e Atlético empataram em 0 a 0 no clássico disputado na noite deste sábado, no Mineirão, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado foi ruim para os dois, mas fez jus ao futebol apresentado.

É natural que em confrontos deste porte as equipas se protejam um pouco mais. No caso do Galo, Gabriel Milito deixou o time mais seguro defensivamente ao apostar em três volantes no meio-campo – Otávio, Fausto Vera e Alan Franco –, deixando Gustavo Scarpa como único craque. Também teve pouca inspiração em Matheus Pereira, principal jogador celeste do meio-campo e que pouco produziu.

Agora, os rivais vão focar nas competições continentais. Coincidentemente, o Atlético jogará hoje na mesma cidade, Buenos Aires, contra o San Lorenzo, pela Copa Libertadores; O Cruzeiro quinta-feira, na mítica Bombonera, contra o Boca Juniors, pela Sul-Americana. Que reencontrem o seu melhor futebol e voltem para BH com vitórias.



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