O ouro de Duda e Ana Patrícia, a dupla dinâmica do…

O ouro de Duda e Ana Patrícia, a dupla dinâmica do…



Sob a moldura da Torre Eiffel, Ana Patrícia e Dudley Jogaram juntas e venceram as canadenses Melissa e Brandie, empurradas por uma multidão que coloriu as arquibancadas onde muita gente já conhecia a dupla de verde e amarelo. “Eles são os primeiros do mundo, vão vencer”, apostou um grupo envolto em bandeiras e gritando com toda força “Ê-lê-lê-ô, Brasil!” E chegaram mesmo a conquistar o ouro, num combate lindo de assistir, somando mais uma medalha às dez já conquistadas pelas mulheres no Paristrês deles dourados.

Nesta sexta-feira, 9, o placar de 26 a 24 a favor do Brasil no primeiro set foi o prenúncio de um jogo eletrizante, disputado ponto a ponto. Os brasileiros perderam o segundo set. Quando chegou o terceiro, a tensão era tanta que houve até discussão na rede com as canadenses. Em nome do espírito olímpico, a caixa tocou de repente ImaginarO hino pacifista de John Lennon. Todos riram.

O set terminou 15 a 10 para Duda e Ana Patrícia, que deram um abraço formal nas adversárias e foram receber a medalha ao som de “Poeira/ Levantou Dust” e “Em Fevereiro/ Tem Carnaval”. E houve até Carnaval ao pé da Torre, onde, no final da festa, se ouviu o hino nacional cantado a plenos pulmões.

Durante toda a Olimpíada, os dois terminavam de jogar e saíam da quadra de maneira bem informal, conversando direto, sem subir aquele degrau de nariz empinado. E o ritual foi repetido. “Fiquei paralisado, ainda estou tentando processar isso. Pensei tanto nisso e, quando aconteceu, foi indescritível”, comemorou Ana Patrícia, lembrando de uma hérnia na região lombar que até a fez duvidar de ir para Paris, por conta das dores. “Só acredito que vencemos porque a medalha está no peito”, disse Duda, dizendo: “Usamos o mesmo top e o mesmo calção em todas as partidas. Ficamos supersticiosos”, diz ela.

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“Pessoas não numéricas”

Eles pisaram nas areias da espetacular arena como favoritos – estão em primeiro lugar no ranking mundial – mas garantem que isso “não é pressão, não”. Eles nunca confiaram nesta ou em qualquer outra estatística. “Somos não-numéricos”, brincou Ana Patrícia. “A cada jogo, as coisas são reiniciadas.”

Pesou um fator que sempre repetem a seu favor: são mais que uma dupla no esporte, são amigos na vida e se conhecem muito bem. Eles começaram a competir juntos há uma década, quando conquistaram o ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, na cidade chinesa de Nanjing. Eles também conquistaram a medalha de ouro em uma Copa do Mundo Sub-21, em 2017. Mas depois cada um seguiu seu caminho ao entrar no circuito profissional.

Em Tóquio, estiveram com outros parceiros de quadra – ao lado de Ágatha, Duda caiu nas oitavas de final, enquanto Ana Patrícia, com Rebecca, não passou das quartas de final nas Olimpíadas. Não demorou muito e, em 2022, os dois se reencontraram e voltaram a ser dupla. “Temos ótimas lembranças juntos, na juventude, e agora, mais maduros, temos ainda mais chances de vencer”, apostou Duda diante de Paris.

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Tudo acabou na praia

A trilha para chegar às redes colocadas na areia foi natural para Duda Lisboa, 26 anos, que nasceu em uma casa de atletismo em Sergipe. Sua mãe jogava vôlei de praia e sua filha a acompanhava em viagens de ônibus para assisti-la em torneios. Aos 9 anos, evidentemente encantada, estreou em competições e, aos 12, ingressou na arena adulta sergipana. Em 2013, Duda passou para competições internacionais.

Para Ana Patrícia Ramos, também de 26 anos, o roteiro foi menos direto. Ela praticava todos os tipos de esportes como forma de se destacar e tentar escapar do bullying devido à sua altura, 1,94 metros. Ela morava em Espinosa, no interior de Minas Gerais, e um professor detectou nela talento e a recomendou para um projeto de vôlei de praia em Betim. Ela tinha 16 anos e não demorou muito para ser chamada para o centro de desenvolvimento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), lá ela se saiu bem e o resto é história. “Quando experimentei o vôlei de praia em primeira mão, essa liberdade me conquistou. Viajar e estar sempre na praia é ótimo”, afirma Ana Patrícia.

É verdade que a praia coroada pela Torre Eiffel não é propriamente…uma praia. Mas essas areias certamente serão inesquecíveis para Duda e Ana Patrícia.



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