Milito torceu para Cruzeiro na final da Sul-Americana, diz Zaracho

O técnico argentino Gabriel Milito apoiou o Cruzeiro na conquista do título da Copa Sul-Americana em dezembro do ano passado, enquanto era técnico do Atlético. É o que garante o meia Matias Zaracho, ídolo da torcida alvinegra que trocou o clube pelo Racing, adversário da Raposa na final do torneio continental, oficializado nesta terça-feira (21/1).

O apoio de Gabriel à Raposa tem explicação: o ex-zagueiro é ídolo do arquirrival do Racing, o Independiente, onde disputou 173 partidas e marcou dois gols em duas passagens: entre 1998 e 2003 e entre 2011 e 2012. O apoio, no entanto , foi em vão, já que a La Academia venceu o time celeste por 3 a 1, no Estádio Nueva Olla, em Assunção, capital do Paraguai.

Já Zaracho é torcedor do clube albiceleste, que o revelou ao futebol e o repatriou este mês. Ele disse que, na época da final sul-americana, o time alvinegro se preparava para disputar uma partida mas, mesmo assim, o meio-campista tentou acompanhar a decisão e “riu” da situação de apoiar o lado oposto de Milito .

“Foi lindo o título que eles (jogadores do Racing) conquistaram, que não era conquistado há muito tempo. Eu estava tentando comemorar lá em segredo porque estávamos a poucas horas do jogo. Estávamos saindo para o jogo e eu estava olhando para ele, e o Milito estava lá, torcendo pelo Cruzeiro, então foi tudo ‘uma risada’”

Matias Zaracho, nesta terça-feira (21/1), em entrevista à ESPN Argentina

Irmão de Milito torce pelo Racing

Enquanto Gabriel Milito é ídolo do Independiente, seu irmão, o ex-atacante Diego Milito, campeão da Liga dos Campeões pelo Inter de Milão, é ídolo do rival Racing.

Assim como Gabriel, Diego foi revelado e encerrou a carreira no seu time de coração. Desde o início do ano, ele é o presidente do clube.

Os irmãos ainda se enfrentaram em algumas ocasiões e até brigaram em um duelo entre as equipes.

Corrida 3 x 1 Cruzeiro

O Racing derrotou o Cruzeiro por 3 a 1 e conquistou o título da Copa Sul-Americana, encerrando uma seca de 36 anos sem copas internacionais. Veja, a seguir, os gols e os melhores momentos da decisão.

Os argentinos sobraram no primeiro tempo. Eles chegaram ao fundo da rede logo aos dois minutos, mas viram o árbitro Esteban Ostojich, com a ajuda do VAR, sinalizar que estava impedido. Aos 14, aproveitaram então o erro de Wallace, e Martirena, com cruzamento/remate, fez o primeiro.

Pouco depois, aos 19, Salas recebeu passe longo, passou por João Marcelo e cruzou rasteiro para Martínez. Villalba não o seguiu e o atacante marcou o segundo do Racing.

O Cruzeiro melhorou no segundo tempo. Logo no início, com gol de Kaio Jorge, deu sinais de que estava vivo. Criou jogadas, mas não correu grandes riscos. Pesado no ataque, deixou espaço na defesa e, no último lance, Roger Martínez acabou com qualquer expectativa celeste.