Milito explica por que proposta adotada contra o Cruzeiro não foi conservadora

Nas redes sociais, na noite deste sábado (8/10), diversos torcedores do Atlético manifestaram insatisfação após o anúncio da escalação do Atlético para o clássico contra o Cruzeiro. A formação com três meio-campistas originais surpreendeu e foi avaliada negativamente por muitos. Em entrevista coletiva concedida após a partida, que terminou empatada em 0 a 0 pela 22ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, Milito explicou a ideia da proposta e negou qualquer possibilidade de ter “entrado para empatar” no duelo contra o arquirrival.

Os números ajudam a evidenciar a superioridade do Atlético sobre o Cruzeiro. Com 65% de posse de bola e 12 finalizações (contra seis do rival), o Galo esteve mais presente no campo de ataque e criou mais oportunidades para fazer gols.

Ao analisar o confronto, Milito, num primeiro momento, elogiou o comportamento defensivo da equipe. Depois, ao explicar a ideia do jogo, ele mencionou alguns papéis que atletas específicos deveriam cumprir contra a Raposa.

“Viemos aqui para vencer. Isso foi visto durante o jogo. Claro que o futebol tem duas vertentes: é preciso defender e atacar. Defendemos bem e, quando tivemos que atacar, atacamos bem. Portanto, tivemos o controle e o controle do jogo por muito tempo. O que você comenta não é assim. Caso contrário, Saravia não teria atacado como fez, sendo defensor; caso contrário, Arana não teria sido tão profundo como foi; se não, Paulinho e Alan Franco, quando tínhamos a bola, jogavam dentro e tinham obrigação de entrar na área; Tanto Otávio quanto Fausto Vera, quando a bola subiu perto da sua área, também tiveram que se juntar ao ataque”, disse.

“Acredito que não seja o caso. E o futebol não se trata apenas das características dos jogadores, mas das posições. O Cruzeiro é um time que joga muito bem na curta desde o Cássio, nas cobranças de meta. Hoje ele não conseguiu fazer isso. Isso significa que pressionamos muito alto. Se você olhar as estatísticas do Cruzeiro, de todos os jogos que o Cruzeiro disputou aqui (não perdeu nenhum ponto e venceu todos os jogos), eles ficaram aquém e fizeram isso muito bem. Além disso, acabam em situações de gols e gols, em muitas de suas ações. Hoje praticamente nunca conseguiram jogar short, devido ao nosso alto posicionamento”, continuou.

“Ficar na defensiva é outra coisa”, diz Milito

Depois, Milito pregou respeito à opinião de quem acha que a formação do Atlético tinha caráter defensivo. Ainda assim, garantiu que preparou o time para atacar e vencer – e argumentou que acompanhar o jogo permitiu que qualquer torcedor chegasse a essa conclusão.

“Não sei quem diz isso. Eu certamente respeito essa opinião. Mas quem viu o jogo, especular, ficar na defensiva é outra coisa. Não tem nada a ver, do meu ponto de vista, com o que aconteceu. Além disso, preparei o jogo e sei como me preparei: para atacar, para tentar vencer a partida. E assim foi. Tivemos situações, tivemos o controle do jogo, tivemos mais posse de bola. No segundo tempo, principalmente, fomos mais claros. Bem, é uma opinião cuja opinião não conheço. Respeito, mas acredito que aconteceu algo diferente, se você assistir ao jogo”, finalizou.

O Atlético agora volta suas atenções para as oitavas de final da Copa Libertadores. O jogo de ida contra o San Lorenzo será disputado a partir das 21h30 de terça-feira (13/8), no Estádio El Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires.