Jornais da Argentina ignoram final da Libertadores em Buenos Aires

Final da Libertadores passa praticamente despercebida pelos jornais argentinos Olé e Clarin
(foto: Samuel Resende/Sem Ataque)

Um dia antes do jogo Atlético-Botafogoque decidirá, em Buenos Aires, o título da principal competição de clubes das Américas, os jornais portenhos ignoram solenemente a decisão. A final será disputada em partida única neste sábado (30/11), a partir das 17h (horário de Brasília), no Monumental de Núñez. E pouca (ou quase nenhuma) atenção tem sido dada aos periódicos de Buenos Aires.

Pelo menos esse é o posicionamento dos dois principais veículos argentinos, na edição desta sexta (29/11). O que mais chama a atenção é o mais popular deles, o diário esportivo Olé, que ignora a final da Libertadores em Buenos Aires.

O jornal aborda, na capa, a pressão sobre o Boca Juniors para se classificar para o torneio continental de 2025 diante de uma temporada decepcionante.

O ano de 2024, o primeiro do clube xeneize tendo o ídolo Juan Román Riquelme como presidente, será a primeira vez desde 2016 que o Boca não leva nenhum título à sua sala de troféus.

Outros destaques na capa do Olé são os clubes Racing e River Plate, além dos primeiros passos do jovem piloto argentino Franco Colapinto, de 21 anos, na Fórmula 1. Na página inicial do Olé, o tratamento é semelhante, com pouco espaço no a página inicial.

Nas páginas internas, o jornal impresso limita-se a uma reportagem discreta sobre o jogo deste sábado, contendo informações de horário e transmissão.

Única referência à final da Libertadores no jornal Olé desta sexta (29/11)

Torcedores de Atlético e Botafogo em Buenos Aires

A seção de esportes do tradicional Clarín traz uma cobertura discreta da final da Libertadores. Em matéria, ele relata a presença de torcedores de Atlético e Botafogo em Buenos Aires.

Com o título “Invasão de torcedores de Botafogo e Mineiro para a final da Copa do Mundo”, a reportagem aponta que 40 mil brasileiros estarão no estádio do River para a decisão, a maioria deles “cariocas”, diz.

“Horas antes da final da Libertadores no Monumental, Buenos Aires começou a ser invadida por brasileiros. E uma pergunta se repete entre os argentinos: ‘Mineiro ou Botafogo?’. A dúvida é certa: as camisas do Galo e do Fogão, pretas e brancas, são muito parecidas”, diz a matéria, referindo-se ao Atlético como “Mineiro”, como fazem os países de língua espanhola das Américas.