Esposa de Everson publica carta ao goleiro do Atlético após críticas e choro

Mulher de Everson publica carta ao goleiro do Atlético após críticas e choro (Rafaela Viesi e goleiro do Atlético Everson)

Esposa do goleiro Everson, do Atlético, Rafaela Viesi usou o Instagram publicar uma carta aberta ao marido. O arqueiro enfrenta um período de críticas no Galo e até chorou após seu último compromisso alvinegro na Série A do Campeonato Brasileiro.

Everson é titular absoluto na baliza do Atlético desde setembro de 2020. O goleiro sempre enfrentou desconfiança de parte da torcida e, nos últimos jogos, suas atuações têm sido debatidas pelos torcedores do Atlético nas redes sociais.

No último domingo (23/6), após empate entre Galo e Fortaleza (1 a 1), na Arena MRV, em Belo Horizonte, Everson foi às lágrimas. O arqueiro não escondeu o desconforto com as críticas e revelou que trabalhou com dores nos dedos nos dias que antecederam o jogo.

“Ninguém sabe o sacrifício que fiz para jogar hoje. Difícil como o inferno. Cheio de dor. Mas se tiver que suportar dor para jogar, jogarei. Por mais que não agrade alguns fãs (…). Ano passado passei por isso, mas acabei sendo um dos melhores goleiros da competição. Talvez por isso seja cobrado, por jogar muito tempo em alto nível”, disse.

“Alguns gols são difíceis de sofrer. Quando cometo um erro, assumo a responsabilidade. Momento difícil, a mente muda. Estou com a consciência tranquila, porque estou fazendo o meu trabalho e dando o meu melhor para ajudar o clube. Enquanto eu tiver forças para dar a minha parcela de contribuições, continuarei”, completou.

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Esposa publica carta para Everson

Rafael Viesi foi para Instagram e publicou uma carta em apoio ao marido. Ela fez uma metáfora com “animais falantes e inconvenientes” que “tentam tirar a paz”. A esposa do goleiro reforçou a admiração pelo companheiro.

Carta de Rafaela Viesi para Everson, goleiro do Atlético

“Esta carta não é sobre futebol.

Também não é mais uma carta de amor. É uma carta sobre a humanidade. É sobre aquela frase: “matar um leão por dia” que começamos matando vários. E eles não pararam de aparecer. De repente, começamos a tentar fazer as pazes com eles e nos dar bem. Não era possível ter forças e armas o tempo todo. Depois começaram a aparecer outros animais… os mais falantes e inconvenientes que se possa imaginar… Eles constantemente tentam tirar a sua paz. Eles não são como leões que te desafiam, te tiram do lugar, são como hienas, que te incomodam, cheiram mal e tiram o que você tem de melhor: a paz e a leveza. Eles já estão lá há algum tempo e quanto mais são ignorados, mais gritam. Chega um momento em que não é mais possível fingir, calar, ignorar: é preciso demonstrar que não está certo. Você tem que exigir respeito. Muitos chamarão isso de fraqueza, ou usarão o termo atual: “mimimi”. Eu chamo isso de humanidade. Por mais que uma profissão exija uma determinada postura, uma determinada atitude, nada pode ser maior que a sua essência, que a sua humanidade. Eu vi quantas coisas foram necessárias para chegar até aqui. Eu estava lá. Nesse nada. Nisso tudo. Eu vi.

Mas nem todo mundo viu. Quem não viu nunca verá, não adianta mostrar. Todo mundo vê o que eles têm neles. Mas eu, bom, admiro essa humanidade e sempre terei orgulho de saber a verdade. Estarei aqui, de mãos dadas. Lutando contra todos os animais que aparecem.

Com muito mais amor, Rafa.”