COB analisa o que faltou para o Brasil bater recorde de medalhas na Olimpíada de Paris

COB analisa o que faltou para o Brasil bater recorde de medalhas na Olimpíada de Paris


José Henrique Mariante – “Algumas variáveis” que o Comitê Olímpico Brasileiro não controla afastaram o país do recorde de medalhas em Paris 2024. A mais citada pelos dirigentes brasileiros, neste domingo (11), em Paris, foi o mar sem ondas do Taiti que custou-lhes o ouro para Gabriel Medina no surf. A discussão inusitada marcou a apresentação do desempenho do país horas antes do final dos Jogos.

Na opinião de Paulo Wanderley, presidente do COB, e de Rogério Sampaio, chefe da missão na capital francesa, o Brasil alcançou a maior parte dos objetivos na campanha deste ano, exceto o estabelecido pelo quadro de medalhas. O ritmo de sete medalhas de ouro das duas últimas Olimpíadas não se repetiu. O Brasil fechou os Jogos com três títulos olímpicos, abaixo das projeções iniciais do comitê e de especialistas (entre cinco e sete premiações). Também não superou o recorde de 21 medalhas de três anos atrás, chegando a 20 pódios.

Mesmo assim, o Comitê não vê risco de o país perder o patamar alcançado no Rio 2016. “O Brasil foi o segundo país a conseguir isso [melhorar sua posição no quadro de medalhas na edição seguinte à disputada em casa]. Só a Grã-Bretanha conseguiu melhorar seu desempenho nos Jogos de 2016 em relação ao que conquistou em 2012. Conseguimos manter o número de medalhas nesse patamar de 20, 21. Tivemos uma queda no número de ouros, isso é inegável”, disse Sampaio.

“Às vezes, pequenos detalhes acabam fazendo a diferença entre uma medalha de ouro e uma medalha de prata. Alguns, inclusive, que não estão sob nosso controle. Vamos lembrar do mar do Taiti, acreditávamos muito que poderíamos ter tido um resultado melhor”, insistiu. Campeão olímpico em 1992, o cartola gerou polêmica sobre as perspectivas do país para os próximos Jogos, em Los Angeles.

“Temos certeza de que em 2028 poderemos fazer uma apresentação tão grandiosa como esta. Continuaremos lutando pelas medalhas de ouro.”

Rogério Sampaio

Pelo menos 11 atletas ‘bateram na trave’avalia COB

Pelos cálculos do COB, pelo menos 11 atletas, além dos premiados com medalhas, estiveram próximos deles nas finais ou em algum tipo de disputa pelo pódio. “Se eles tivessem vencido, teríamos 31 medalhas. Infelizmente não controlamos algumas variáveis”, disse Wanderley, ao se deparar com uma promessa que fez, em entrevista à Folha, em 2023, de que o país, “de jeito nenhum”, alcançaria o 20º lugar em Paris. O Brasil ficou nesta posição no quadro de medalhas.

Gustavo Bala Loka, do BMX, e os judocas Rafael Macedo e Rafaela Silva, entre outros, foram citados como exemplos de atuações condicionadas a detalhes. No total, segundo o comitê, o país classificou 58 atletas para a final em Paris.

O COB também comemorou a crescente participação feminina nas premiações do país, simbolizada por Rebeca Andrade e Beatriz Souza, e o fato de terem conquistado mais de uma medalha (a ginasta alcançou quatro pódios, e a judoca, dois).

Sampaio ainda lembrou que os últimos ciclos olímpicos foram prejudicados pela pandemia de Covid. “Um duplo desafio para os atletas.” Mas ele não detalhou o fato de o Brasil ter aproveitado ao máximo os cinco anos antes de Tóquio, onde teve a melhor participação da história, e não ter administrado tão bem o período mais curto antes de Paris.

Política para o esporte em geral

A delegação registou algumas quedas notáveis ​​nos rendimentos em França. Alison dos Santos, Piu, Marcus D’Almeida, Ana Marcela Cunha, entre outros, lideraram suas modalidades no último ciclo, mas chegaram em declínio esportivo ou físico nestes Jogos. Outros países até pouparam atletas de Copas do Mundo para contornar a preparação mais curta.

Os cartolas reconheceram que receberam mais recursos no último ciclo olímpico, mas defenderam que o país precisa de uma política de Estado para o esporte em geral. “Temos o Bolsa Atleta, o Bolsa Pódio, a Lei de Incentivo e o apoio das Forças Armadas, mas precisamos de uma política pública para o setor. Esperamos que o Congresso e o Executivo aprovem o Plano Nacional do Esporte”, afirmou Sampaio.

A legislação cria metas, nos três níveis de governo, para a prática esportiva com base em parâmetros relacionados a áreas como saúde e educação. Seria o primeiro passo concreto para transformar o esporte em política de Estado no Brasil.



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