Cinco fatores que ajudam a explicar a queda de rendimento do Atlético

Cinco fatores que ajudam a explicar a queda de rendimento do Atlético


Os torcedores do Atlético têm motivos para estar preocupados. O time chegou a sete jogos sem vencer nesta temporada com a derrota por 1 a 0 para o Athletico-PR neste sábado (16/11), na Arena Ligga, pelo Campeonato Brasileiro, e vive uma crise técnica a menos de duas semanas da partida. final da Copa Libertadores.

Mas como entender a queda de rendimento da equipe? O No ataque Abaixo, cinco fatores ajudam a explicar essa sequência negativa.

A última vitória do Galo foi há quase um mês, no dia 22 de outubro, quando venceu o River Plate-ARG por 3 a 0 na Arena MRVa caminho da semifinal da Copa Libertadores. É possível dizer que esta foi a última partida em que a equipe comandada por Gabriel Milito praticou um bom futebol.

Desde então, o time alvinegro foi derrotado por Internacional, Flamengo (duas vezes), Atlético-GO e Athletico-PR e empatou com o próprio time rubro-negro e River Plate, o que garantiu vaga na final da Libertadores.

Cinco fatores para a queda de rendimento do Atlético

1- Desgaste físico

É um facto que disputar todas as finais possíveis da época teve um impacto físico no Atlético. Milito até poupou os atletas principais durante boa parte do segundo turno do Campeonato Brasileiro, mas isso parece não ter sido suficiente.

Os atacantes Paulinho e Hulk, dois dos melhores jogadores do time, estão praticamente se sacrificando. O primeiro convive há muito tempo com uma lesão no joelho direito, enquanto o segundo sofre de esgotamento físico.

“Sabemos a importância dos jogos que teremos até o final da temporada. (…). Mas é isso, adoro defender o Galo, adoro defender essa camisa aqui, então mesmo com esgotamento físico e dores musculares procuro estar em campo para tentar ajudar”, disse Hulk.

Hulk durante Atlético x Flamengo na Arena MRV - (foto: Douglas Magno/AFP)
Hulk durante Atlético x Flamengo na Arena MRV(foto: Douglas Magno/AFP)

Milito também reconhece que o elenco está no limite físico e mental. Após o empate do Galo em 0 a 0 com o Flamengo nesta quarta-feira, no Maracanã, o técnico disse lamentar a situação do time no Campeonato Brasileiro, mas citou o desgaste dos 67 jogos disputados na temporada.

“Para nós, o brasileiro tinha expectativas muito maiores. Imaginávamos que tínhamos muito mais pontos do que temos atualmente. Acho que isso tem a ver com ser o único time que vai disputar todos os jogos do ano. Não tem outro time que vai disputar todos os jogos do Estadual, do Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa Libertadores”, pontuou.

“Isso é muito, porque além disso, por trás de cada jogo existe um desgaste físico, uma preparação, mas há muito esgotamento emocional. Existem muitos jogos e os jogadores querem vencer, como todo mundo. Somos obrigados a fazer mudanças entre as partidas para chegar à final da copa e tentar somar mais pontos no Campeonato Brasileiro”, disse.

2- Elenco com poucas opções.

Algo que está diretamente ligado ao desgaste físico são as poucas opções de qualidade para Milito. Contra o Athletico-PR, por exemplo, o argentino utilizou o lateral-direito Mariano, o meio-campista Igor Gomes e o atacante Alan Kardec, pouco utilizados ao longo da temporada. O único meio-campista disponível no banco era o jovem Paulo Vitor, de 20 anos, que ainda não se consolidou.

Isso fica ainda mais evidente quando o time joga no Data Fifa, já que o zagueiro Junior Alonso, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o meio-campista Alan Franco e o atacante Eduardo Vargas são frequentemente convocados pelas equipes.

Além de não poder fazer muitas mudanças táticas, Milito se vê obrigado a utilizar Paulinho e Hulk, já que os reservas eram Kardec – que tem um gol nesta temporada – e o jovem Caio Maia, de 19 anos, que tem apenas duas partidas como titular. profissional.

O Atlético até teve todos os titulares à disposição nos jogos da copa nesta sequência sem vitórias, mas o elenco reduzido prejudicou o desgaste físico dos jogadores. Outro ponto é que, ao utilizar reservas, o time não conseguiu sequer vencer o Atlético-GO, último colocado do Campeonato Brasileiro.

3- Queda técnica de alguns jogadores

O coletivo influencia diretamente o individual, mas alguns jogadores estão com desempenho abaixo do esperado. O meia Otávio e o meia Gustavo Scarpa, por exemplo, já viveram momentos melhores nesta temporada.

O primeiro até perdeu a titularidade para Fausto Vera, contratado no verão, e só joga na ausência de Franco. O segundo não marca gol desde 1º de setembro e deu apenas duas assistências neste período.

Outro que pode ser citado é o meio-campista Bernard. Cercado de expectativas no retorno à Cidade do Galo, o jogador ainda não conseguiu marcar e não participou de nenhum gol nos 22 jogos disputados. A principal opção para sua vaga seria Zaracho, que não consegue correr devido a problemas físicos.

Na lateral-esquerda, Rubens tem sofrido muitas críticas ao substituir Arana, que por sua vez também não vive seu auge técnico e se recupera de uma entorse no tornozelo direito. Contra o Athletico-PR, Milito voltou a utilizar Scarpa no setor para tentar melhorar.

4- Falta de dinâmica ofensiva

O Atlético chegou a quatro jogos sem marcar neste sábado. A equipe até teve algumas chances no jogo de volta da final da Copa do Brasil, mas nas demais partidas pouco criou.

Contra o Athletico-PR foram 13 arremessos, mas nenhum deles perigoso. De acordo com o Sofáscorea expectativa de gols de preto e branco (probabilidade de uma jogada resultar em gol) na partida era de apenas 0,42.

“No jogo de hoje (sábado), pontualmente, defendemos mal. Não geramos perigo, fizemos um jogo ruim. Isso me preocupa muito. Com toda a dor que essas derrotas geram, entendemos também a dor que isso causa em jogadores e torcedores”, afirmou.

O treinador, aliás, não tem conseguido implementar a dinâmica ofensiva no início dos trabalhos, quando a equipe conseguiu encontrar facilmente um homem livre invertendo as jogadas. Agora, poucos jogadores atacam a última linha de defesa, o que faz do Galo um time monótono na hora de ter a bola.

5- Espaços disponibilizados

Por fim, o Atlético também tem problemas do outro lado do campo. Otávio, que já não vive um bom momento, foi atropelado no meio. A marcação individual não está funcionando, e a equipe tem sofrido muito nos contra-ataques.

O goleiro Everson fez falta nove vezes nesta sequência negativa, mas poderia ter sido muito mais. Além de defender um pênalti no empate com o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro, foi o grande nome da final da Copa do Brasil na Arena MRV, com oito defesas.

“Por que somos assim? É difícil encontrar uma explicação. Sei que as equipas têm momentos melhores e piores, mas é evidente que estamos num momento futebolístico muito aquém do que podemos oferecer”, lamentou Milito.

‘Difícil encontrar explicação’
Milito manifestou preocupação com a situação do Atlético(foto: Pedro Souza/Atlético)

Sequência da temporada

O Atlético terá pouco tempo para se recuperar. O time enfrenta o Botafogo na prévia da final da Libertadores na quarta-feira, às 21h30, no Independência, em Belo Horizonte, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A decisão do torneio continental está marcada para o dia 30 de novembro, sábado, às 17h, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires-ARG.



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