Casos de racismo no futebol brasileiro aumentam quase 40% em um ano, aponta relatório

Casos de racismo no futebol brasileiro aumentam quase 40% em um ano, aponta relatório


O Observatório da Discriminação Racial no Futebol divulgou nesta quinta-feira (26/9) a décima edição do Relatório sobre Discriminação Racial no Futebol. Segundo o documento, foram registrados 136 casos no Brasil em 2023 no esporte mais popular, um aumento de 38,8% em relação à temporada anterior, que teve 98 ocorrências registradas.

Assim, manteve-se a tendência de crescimento observada desde 2016 – com exceção de 2020, devido à pandemia de Covid-19, com estádios vazios. Isso não significa necessariamente que os casos aumentaram, mas que houve mais reclamações, razão pela qual o resultado da pesquisa não foi visto apenas com maus olhos.

“Os dados não são apenas ruins. Apresenta também uma evolução importante, que é uma maior conscientização entre torcedores e jogadores. Se temos mais reclamações é porque a sociedade brasileira está mais atenta para entender o que é o racismo e suas diferentes formas de expressão”, afirmou o fundador e diretor executivo do Observatório, Marcelo Carvalho.

O novo relatório foi apresentado no Rio de Janeiro, na sede da CBF (Confederação Brasileira), parceira do Observatório no projeto, do qual também participou o Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). . O presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, falou e prometeu esforços para encontrar soluções.

“O aumento de casos notificados face à época anterior reforça a gravidade do problema e os desafios persistentes, que exigem, mais do que nunca, ações inovadoras, eficazes e continuadas, no sentido de romper com a passividade e a cumplicidade histórica com o racismo. ”, afirmou o dirigente.

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Luta contra o racismo

“Acreditamos que a batalha contra o racismo, nas suas diferentes formas, não pode ser vencida isoladamente. Só a cooperação entre os diferentes agentes que compõem a nossa sociedade pode garantir às gerações futuras um mundo onde o respeito e a dignidade sejam valores universais e não exceções”, acrescentou Ednaldo.

O documento é produzido com base em informações da mídia nacional e internacional, obtidas por meio de sistemas de monitoramento. Eles passam por uma análise que identifica os detalhes de cada caso, descritos um a um no relatório. As ocorrências, então, são divididas por local: estádios (104, no caso de 2023), internet (19) e outros espaços (13).

O estudo também divide os itens geograficamente, para identificar de onde vêm as reclamações. Entre os relativos às situações observadas em arenas, o estado com mais casos registrados é o Rio Grande do Sul (20), seguido por São Paulo (18), Minas Gerais (10), Santa Catarina (8) e Rio de Janeiro (6). ).

No ano passado, o grupo responsável pelo estudo também incluiu outros tipos de discriminação, como LGBTfobia, machismo e xenofobia, incluindo outros esportes em seu escopo e ocorrências fora do Brasil com atletas brasileiros. Neste contexto mais amplo, registou-se um aumento de quase 7% de casos face ao ano anterior.

Foram 250 ocorrências, sendo 222 no Brasil e 28 com atletas do país em terras estrangeiras. A divisão também foi de 222 a 28, respectivamente, entre os incidentes no futebol e os ocorridos em outros esportes. O racismo teve o maior número de registros, com 184, seguido pela LGBTfobia (41), xenofobia (14) e machismo (11).

Os números, repete Carvalho, não são de todo ruins. Na conclusão do relatório, ele comemora que, “se antes as piadas e atitudes racistas passavam por piada, hoje são identificadas como racismo”. Ele também ressalta que atualmente existe pelo menos um quadro jurídico mais bem organizado, com disposições sobre punições para os agressores.

“Mas, apesar de todos esses avanços, estamos longe do mundo ideal, afinal, a maioria dos casos continua sem punição para os envolvidos, poucos agressores são presos e quase nenhum fica detido por muito tempo. Se não faltam leis, o que falta?” pergunta o fundador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

“O país que ama o futebol, que tem a maior população negra fora do continente africano, que venera os seus ídolos negros, ainda precisa avançar na luta contra a discriminação racial e, acima de tudo, entender que a luta não se limita à punição. Precisamos de promover a sensibilização e a educação, precisamos de ações urgentes para incluir a diversidade nas equipas de comando e gestão.”



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