Carta ao Leitor: Um olhar diferente

Carta ao Leitor: Um olhar diferente


Os Jogos Olímpicos nunca foram apenas competições desportivas – servem como um rascunho da história, um espelho dos estados de espírito da sociedade e da política. Foi o caso das Olimpíadas de 1936, que Hitler usaria como plataforma para a ascensão do nazismo e a defesa da raça ariana, e que resultou na humilhação imposta pelo velocista negro Jesse Owens. Foi o que aconteceu no infame ataque terrorista de Munique, em 1972, e nos sucessivos boicotes de 1980, em Moscovo, e de 1984, em Los Angeles. No auge da pandemia de Covid-19, Tóquio teve que adiar o torneio de 2020 para 2021 – acompanhado de arquibancadas silenciosas. Finalmente é possível contar os passos e tropeços da civilização através do acontecimento mais esperado do planeta. Acompanhá-los de perto, a cada quatro anos, é um atalho para a compreensão das idiossincrasias do ser humano e, muitas vezes, do cenário global.

As Olimpíadas de Paris, com cerimónia de abertura marcada para a próxima sexta-feira, dia 26, servirão — ainda mais do que outras que as precederam recentemente — como palco e espelho do mundo em turbulência. Não haverá como escapar, entre as glórias e dramas dos atletas, de duas guerras em curso, a de Israel e Gaza e a da Rússia e da Ucrânia. O impasse francês, após as eleições legislativas, sem a nomeação de um primeiro-ministro, também fará parte da costura geopolítica das disputas. O espanto face ao ataque a Donald Trump estará em cena, calibrando as opiniões sobre vitórias e derrotas. Hoje, mais do que nunca, uma medalha de ouro não será apenas uma medalha de ouro. Histórias de fora das quadras, das pistas e das arenas permearão cada pódio. Cada alegria ou frustração.

HISTÓRIA – VEJA cobre: ​​os Jogos como retrato dos altos e baixos políticos da humanidade, muito além do esporte (./.)

Para acompanhar de perto as duas semanas do torneio, VEJA nomeou uma equipe de primeira linha: a editora executiva Monica Weinberg e o editor-chefe Fábio Altman. Já em Paris, Monica escreveu uma reportagem extraordinária para a edição, um retrato detalhado e inteligente da cidade que nunca parava de se reinventar. Fábio caminha para sua quinta Olimpíada. Eles serão acompanhados, no Brasil, pelo repórter Caio Saad. Com o avanço das tecnologias e a revolução imposta pela internet, é natural que o trabalho olímpico se expanda em outras direções. Este ano, além da cobertura na revista, haverá vídeos diários no canal VEJA+, reportagens no site VEJA, postagens nas redes sociais e uma programação ao vivo no final da tarde, horário de Brasília, ancorada pelo editor Ricardo Ferraz. Paralelamente, dois blogs — Paris é uma festapara iluminar o que acontecerá fora das arenas, e 100 anos loucos, um passeio centenário entre os Jogos de 1924 e os de hoje – entregará uma perspectiva diferente, no estilo tradicional de jornalismo profissional, bem conservado e exclusivo de VEJA. Esta Olimpíada certamente não será como as outras.

Publicado em VEJA em 19 de julho de 2024, edição nº 2.902



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