Atlético viverá ano mais desafiador para buscar reforços desde ‘virada de chave’

Atlético viverá ano mais desafiador para buscar reforços desde ‘virada de chave’


O Atlético viverá o ano mais desafiador na busca por reforços desde 2020, quando os atuais donos do clube começaram a investir em contratações. Com o Galo fora da Copa Libertadores de 2025 e orçamento reduzido, a diretoria terá que ser criativa nas negociações.

No mercado do futebol, a possibilidade de disputar o maior torneio do continente é um atrativo para grandes jogadores, que desejam visibilidade internacional. Em 2025, o clube alvinegro terá que disputar a Copa Sul-Americana, competição de segunda divisão da região.

Em termos financeiros, o Atlético também terá que lidar com uma projeção de premiação menor. A diferença do mínimo pago pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) nos dois torneios é de R$ 10 milhões – sem considerar bônus por vitórias e avanço de fase.

Além disso, receita de bilheteria na Arena MRV será reduzido, pois os jogos serão menos atrativos e, possivelmente, com menor média de público.

Destacar manutenção

Outro ponto que pode preocupar o Atlético é a manutenção dos principais atletas do time. Dada a necessidade financeira, o clube pode vender alguns deles para gerar novas receitas e reduzir a folha salarial.

O lateral-esquerdo Guilherme Arana, por exemplo, deixou em aberto o futuro na Cidade do Galo. O mesmo caso do meia Gustavo Scarpa, que evitou ficar em Belo Horizonte.

Enquanto isso, outros nomes menos utilizados na temporada deixaram o time. São os casos do lateral-direito Mariano e do atacante Alan Kardec. Além deles, o meia Robert e o atacante Eduardo Vargas não deverão ter seus contratos renovados.

Como foi em 2024?

Dada a redução nas receitas, os torcedores poderão ver um investimento reduzido na próxima temporada. Em 2024, o clube foi apenas o oitavo em gastos com contratações entre times da Série A do Campeonato Brasileiro, com R$ 109 milhões, atrás de Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Corinthians, Vasco e Bahia. Este valor não leva em consideração luvas e salários dos atletas.

Além disso, o Atlético arrecadou R$ 37 milhões com vendas neste ano. Ou seja, retirou dos próprios cofres R$ 72 milhões em investimentos para contratação de reforços.

Chegaram ao Galo os zagueiros Junior Alonso e Lyanco, os meio-campistas Paulo Vitor e Fausto Vera, os meio-campistas Bernard, Gustavo Scarpa e Robert e os atacantes Palacios e Deyverson. O mais caro dessa lista foi o Lyanco, que custou R$ 29,9 milhões.

As receitas deste ano podem ajudar

Apesar do orçamento reduzido em 2025, o Atlético pode aproveitar as receitas significativas nesta temporada. O clube recebeu R$ 172 milhões em premiação e outros R$ 57,1 milhões em receita de bilheteria – R$ 229,1 milhões no total. Isso sem considerar patrocínios, direitos de imagem, torcedores parceiros e vendas de produtos oficiais.

Na busca por um novo treinador, o Atlético está “em espera” para iniciar o planejamento de contratações para a próxima temporada. A tendência é que as movimentações do mercado sejam realizadas somente após a definição do novo comandante da equipe.

O português Luís Castro continua sendo o favorito da diretoria para o cargo. Porém, o treinador analisará propostas a partir de segunda-feira (15/12), apurou o No Attack.

Esta será a primeira vez desde 2020 que o Atlético não disputa a Libertadores. Naquele ano, com empréstimos dos 4 Rs – Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador -, foram investidos cerca de R$ 180 milhões em reforços. Agora, os torcedores esperam que os investidores mais uma vez coloquem dinheiro de seus próprios bolsos no clube.



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