Aproximadamente 520 mil pessoas moram em Assunção, cidade que recebe o jogo de ida entre Libertad e Cruzeiro, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. De modo geral, a capital paraguaia não chama a atenção dos turistas por sua beleza, mas é vista como um ‘paraíso de consumo’, principalmente de eletrônicos e outros produtos importados, além de opções de futebol.
Assunção faz parte da história da Raposa, que já disputou até a final na “Madre des Ciudades”. O time celeste volta ao local para um confronto quase inédito com o Libertad, nesta quinta-feira (19/9), a partir das 21h30, no Defensores del Chaco. O duelo de volta será uma semana depois, no mesmo horário, no Mineirão, em Belo Horizonte.
“É a nossa primeira vez em um jogo internacional. A experiência tem sido incrível, o Paraguai está superando as expectativas. Vamos ver como vai ser no estádio”, disse o engenheiro civil Gabriel, 26 anos, morador de Contagem, na Região Metropolitana de BH.
O torcedor viajou ao lado do advogado Hélio, 25, e outras três pessoas até Assunção. Ele e os amigos foram até a porta do hotel onde o Cruzeiro estava hospedado, mas não conseguiram contato com os jogadores durante o desembarque.
Uma notícia que surpreendeu os amigos foi a existência de bafômetros nas entradas dos estádios paraguaios. Por isso, os mineiros tiveram que mudar os planos e fazer o tradicional ‘aquecimento’ com bebidas na véspera da partida.
A última viagem do grupo foi para enfrentar o Botafogo, pela 22ª rodada do Brasileirão. No final de julho, foram ao Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, onde o Cruzeiro venceu por 3 a 0.
“Por coincidência, em julho estivemos no estádio do Botafogo, na última experiência positiva com o Cruzeiro em termos de atuação e convicção. Esperamos que nossa superstição se repita e tragamos sorte e vitória ao Cruzeiro”, disse Hélio, de Belo Horizonte.
Após o jogo contra o Botafogo, que terminou com goleada sobre o líder, o Cruzeiro não conseguiu repetir o mesmo desempenho e caiu do quinto para o sétimo lugar no Brasileirão. Desde então, a equipe apresenta um histórico ruim na competição: uma vitória, três empates e três derrotas.
Origens e atrativos turísticos de Assunção
No século XIX, o Paraguai conquistou sua independência e deixou de ser colônia da Espanha. A capital Assunção existia desde 15 de agosto de 1537 e ganhou maior destaque após o período colonial.
A capital paraguaia atrai estrangeiros pelas possibilidades de consumo, mas não é uma cidade notoriamente turística. Quem foi para Assunção não encontrou belas paisagens nem grandes opções de lazer ao ar livre.
Os cenários de maior destaque no município são os prédios históricos da região central, como o Palácio López e o Panteão Nacional dos Heróis, além do litoral do Rio Paraguai. Quanto à vida noturna, as opções mais conhecidas são as discotecas e os casinos.
Para os fanáticos por futebol, há a opção de visitar estádios como o Defensores del Chaco (Associação Paraguaia de Futebol), Manuel Ferreira (Olimpia) e General Pablo Rojas (Cerro Porteño), que recebem mais de 40 mil torcedores cada.
Outro ponto turístico que chama a atenção dos torcedores é o Museu da Conmebol, em Luque, na Região Metropolitana de Assunção. Há referências ao Cruzeiro e aos demais campeões continentais no local.
Para muitos brasileiros, o Paraguai é sinônimo de lugar para fazer compras. As políticas fiscais do país, como a isenção de determinados impostos, visam desenvolver o comércio nacional.
Produtos de vestuário, eletrônicos e perfumaria são alguns dos destaques. Os itens são importados, a maioria deles de países asiáticos como China e Vietnã.
“Experiência única (vir ao Paraguai), principalmente quando se trata do Cruzeiro. É sempre um prazer acompanhar nossa equipe e, como bônus, conhecer um país diferente” relatou Fábio, 28 anos, de João Monlevade, interior de Minas Gerais.
Ao lado de três amigos, o torcedor percorreu cerca de 2 mil quilômetros de carro para conhecer o Cruzeiro. Os monlevadianos também passaram pelas cidades de São Paulo e do Paraná antes de chegarem a Assunção.
O Cruzeiro disputou a final em Assunção na década de 1990
Time mais tradicional da capital paraguaia, o Olimpia enfrentou o Cruzeiro na final da Copa Master de 1995. No jogo de ida, em 9 de março daquele ano, empate em 0 a 0 com o Defensores del Chaco. A Raposa garantiu o título uma semana depois, com vitória por 1 a 0 no Mineirão.
A notícia Assunção atrai torcedores do Cruzeiro mesmo com poucas opções turísticas foi publicada pela primeira vez no No Attack de João Victor Pena – Enviado especial a Assunção.
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