A superação de Rayssa Leal para faturar o bronze n…

A superação de Rayssa Leal para faturar o bronze n…


Sob a moldura da Torre Eiffel, do Grand Palais e do obelisco de Luxor, os torcedores verdes e amarelos dominaram as arquibancadas, com bandeiras e gritos entusiasmados de “fada, fada!”. Uma garotinha na primeira fila ainda usou asas em homenagem a Rayssa Leal, 16, que parecia muito confortável. Para o público, ela exibiu sua muque, bem humorada.

Mas a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris veio à custa de muito suor e no último lance. Foram diversas quedas ao longo da competição, que ela liderou apenas no início. Seu último salto na pista, lindo e seguro, lhe rendeu o pódio na categoria street, que Rayssa comemorou muito, com expressão de alívio. “Sei que foi um alívio coletivo, nunca vi tanta multidão”, disse ela, já com a medalha no peito.

Quando começou a escorregar e cair, desceu a rampa e ficou sozinha na beira da pista, visivelmente abalada. Ela conta que rezou, recuperou as forças e assim voltou ao duelo.

O tempo todo ele ia até a arquibancada para abraçar a família, que sussurrava em seu ouvido. Então a tensão caiu, pairando no ar o tempo todo. “Ela estava nervosa. Errei duas manobras muito simples no início e isso mexeu comigo”, reconheceu.

PESSOAS GRANDES

Ao desembarcar no aeroporto Charles de Gaulle, Rayssa era aguardada não só por torcedores brasileiros, mas também estrangeiros. Na Vila Olímpica, ela se tornou, ao lado da ginasta Rebeca Andrade, a atleta que mais tem chamado a atenção de pessoas de todos os esportes. Ela gosta e responde com grandes sorrisos.

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Medida de sucesso nestes tempos, Rayssa é boa em criar sua própria imagem. Nas redes sociais, ela já ultrapassou os 12 milhões de seguidores – eram um milhão antes do pódio nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando se tornou a brasileira mais jovem da história a conquistar uma medalha olímpica. Ela tinha 13 anos e usava aparelho nos dentes.

Rayssa Leal: superação do bronze em Paris. 28/07/2024 (Kirill KUDRYAVTSEV/AFP)

Com o tempo, ele ganhou o tipo de confiança que permite a uma pessoa bater o pé quando sente que deveria. Nesta temporada parisiense, depois de esperar horas pelo ônibus que a levaria da Vila Olímpica à cidade, tudo sob um sol inclemente, ela não hesitou em cobrir o rosto com protetor solar e brincar: “A cara de um palhaço esperando por o ônibus”, postou.

Ao refletir, após o pódio, sobre a diferença entre uma medalha e outra, ele disse, relaxado: “Primeiro a cor. Depois cresci uns 10 centímetros e ganhei um novo olhar, uma mentalidade diferente.” E acrescentou: “Crescer é bom”.

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FOI ASSIM QUE A FADA NASCEU

Quem a levou dos círculos de São Luiz, onde mora com os pais e o irmão, para outras pistas foi a lenda do skate americano Tony Hawk, que, ao assistir a um vídeo da menina de 7 anos deslizando pelas ruas , ficou maravilhado com a habilidade da menina vestida com um tutu azul e escreveu: “Um heelflip (quando o skate sai do chão e dá um giro completo para o lado) saído dos contos de fadas”. A ideia pegou e foi aí que Rayssa virou fada.

Ela construiu o resto de sua fama de competição em competição, até ganhar a medalha de prata no Japão. Ganhou vários campeonatos mundiais e chegou a Paris, cidade onde já esteve diversas vezes, em plena forma. “Meu corpo se desenvolveu, estou forte e estou fazendo terapia para cuidar da cabeça”, disse Rayssa, que amadureceu bastante desde o pódio japonês.

Subindo

O skate vem ganhando popularidade há algum tempo. A categoria rua, da Raysa, simula o ambiente urbano, com itens que aparecem pelo caminho, como escadas, bancos e corrimãos. Na década de 1990, o esporte ganhou espaço nas pistas mundiais impulsionado pelos saltos de Tony Hawk, que o transformou em fada.

O passo decisivo para que o skate fosse praticado massivamente em todo o mundo veio da sua recente condição de esporte olímpico, há apenas três anos. Esse esporte que toma as ruas influencia até a moda, que Rayssa tanto ama – vai e vem, ela está em Paris a convite da Louis Vuitton, marca da qual se tornou embaixadora global ao lado de Emma Stone e Zendaya.

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Terminada a competição feminina, ainda há o duelo masculino, marcado para segunda-feira, dia 29. E há dois medalhistas olímpicos entre os seis da disputa pelas medalhas, Pedro Barros e Kelvin Hoeffler. “Se cair, levante-se e recomece, quantas vezes forem necessárias”, diz Rayssa. Que a coragem da fada inspire reviravoltas mais radicais neste cenário cheio de história.



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