Dudu optou por não transferir para o cruzeiro e decidiu ficar no Palmeiras. Sua escolha pegou muita gente de surpresa, visto que a proposta celestial, tanto em termos de salários quanto de duração do contrato, superou as condições do Verdão.
A “novela” se arrastou por dois dias, desde o anúncio da Raposa, no sábado (15/6), até a manifestação de Dudu, nesta segunda-feira (17/6). Aliás, o atacante de 32 anos contrariou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que havia aprovado sua saída.
As negociações entre Cruzeiro e Dudu foram adicionadas à lista de anúncios não cumpridos. O relatório de No ataque relembra alguns episódios, como Anelka no Atlético e a volta malsucedida de Ronaldinho Gaúcho ao Grêmio.
Manafá (Boafogo)
Em janeiro de 2024, o lateral-direito português Wilson Manafá foi contratado oficialmente pelo Botafogo, mas optou por se transferir para o Shanghai Shenhua, da China. Defendeu o Granada, da Espanha.
Mais tarde, em entrevista ao jornal O jogoManafá considerou a publicação do Botafogo bastante precoce.
“Eu tinha falado com eles e disse que iria, mas entretanto apareceu a proposta da China. Pensei e decidi pela China. Eles tinham muita certeza de que eu iria e publicaram tudo antes mesmo de eu assinar. Eu não tinha assinado nada. Então eles não sabiam como controlá-lo. Acho que eles se adiantaram um pouco.”
Yeison Guzmán (Cruzeiro)
O Cruzeiro anunciou Yeison Guzmán, que jogou pelo Envigado, da Colômbia, em abril de 2021. O clube celeste, que disputou a Série B, pagaria 1,2 milhão de dólares (cerca de R$ 6,7 milhões) para ter 80% dos direitos econômicos do meio-campista.
Guzmán vestiu a camisa do Cruzeiro e mandou recado à torcida, mas a transferência acabou não acontecendo. O armador desistiu da mudança para Belo Horizonte por influência de seu empresário, Kormac Valdebenito, que alertou sobre atrasos salariais na Raposa naquele momento.
Hoje, aos 26 anos, Yeison permanece em seu país, onde veste a camisa 10 do Tolima. Antes, o meio-campista defendia o Atlético Nacional.
Zeca (Corinthians)
No dia 13 de março de 2018, o Corinthians contratou o lateral-direito Zeca, que havia entrado na Justiça contra o Santos. O jogador chegou a se apresentar ao seu novo clube, mas a diretoria do Timão desistiu do acordo três dias depois.
“O Sport Club Corinthians Paulista encerra negociação com o lateral Zeca. O Departamento Jurídico do clube, após análise do caso, não teve garantias suficientes para a execução do contrato.”
Nota do Corinthians em 16 de março de 2018
Aos 30 anos, Zeca esteve recentemente no Vitória, com quem rescindiu contrato de forma amigável no final de maio.
Rony (Botafogo)
O Botafogo confirmou o atacante Rony em janeiro de 2018. O contrato seria de duas temporadas, em troca da ida do meio-campista Bruno Silva para o Cruzeiro.
O problema é que o Albirex Niigata, do Japão, teve a opção de exercer a compra dos direitos de Rony. Assim, o Botafogo abandonou o jogo com medo de uma possível punição da FIFA.
Rony, por sua vez, procurou a FIFA, pois não tinha intenção de permanecer na seleção japonesa. Somente em agosto de 2018 a entidade máxima do futebol concedeu liberação ao atleta, que foi para o Athletico-PR.
Desde fevereiro de 2020, Rony está no Palmeiras, pelo qual marcou 66 gols em 253 partidas. Conquistou títulos importantes como o Campeonato Brasileiro em 2022 e 2023 e a Copa Libertadores em 2020 e 2021.
Anelka (Atlético)
“Anelka é do Galo”. O tweet de 6 de abril de 2014 do então presidente do Atlético, Alexandre Kalil, nunca foi apagado. E virou meme devido ao infeliz desfecho.
Na ocasião, o ex-atacante de Arsenal, Real Madrid, Mancheser City e Chelsea afirmou nunca ter feito qualquer acordo com o Galo. Cinco anos depois, em 2019, ele mudou a versão e culpou Kalil pelo fracasso.
Em um vídeo obtido por ge.globo, Anelka destacou que estava “95% fechado” com o Atlético, mas mudou de ideia pelo fato do clube não ter enviado ingressos em nome de seu agente. “Para mim foi uma enorme falta de respeito ele não querer que meu agente viajasse para verificar tudo o que estava no contrato.”
O ex-atacante da seleção francesa pendurou as chuteiras em 2019, aos 40 anos.
Ronaldinho Gaúcho (Grêmio)
Até hoje o episódio dos alto-falantes do Estádio Olímpico é uma piada. Afinal, o Grêmio preparava uma festa para receber Ronaldinho Gaúcho, que, por sua vez, acertou com o Flamengo.
Vale ressaltar que o clube anunciou o ex-astro do Barcelona e do Milan, embora houvesse todos os indícios de seu retorno ao Tricolor no início de 2011.
Edilson (Cruzeiro)
Edilson teve boa passagem pelo Cruzeiro em 2002, quando marcou 11 gols em 15 jogos e foi convocado por Felipão para a Copa do Mundo. Três anos depois, a diretoria celeste fechou acordo com Capetinha para o Brasileirão de 2005.
O ex-atacante de Palmeiras e Corinthians, porém, não compareceu à Toca no dia combinado, o que irritou profundamente a diretoria celeste. Assim, o acordo foi cancelado, e o experiente jogador, na época com 34 anos, assinou com o São Caetano.
Vagner Love (Corinthians)
O Corinthians acertou com Vagner Love para jogar ao lado de Tevez no time que seria campeão brasileiro em 2005. Porém, o CSKA Moscou, da Rússia, não concordou em liberá-lo nos termos propostos.
Vagner Love só defenderia o Timão em 2015, quando conquistou a Série A, e em 2019. Hoje, aos 40 anos, o centroavante segue em atividade com a camisa do Atlético-GO.
Túlio Maravilha (Esporte)
Um caso clássico de chapéu aplicado a um clube rival. Túlio chegou ao Recife no dia 2 de outubro de 2001 para defender o Sport, chegando a treinar na Ilha do Retiro. Cinco dias depois, lá estava o ídolo do Botafogo vestindo a camisa do Santa Cruz.
Um suposto desinteresse do Sport teria possibilitado o ataque do Santa Cruz, que prevaleceu e contratou Túlio. Mas a passagem do artilheiro no Arruda não foi das melhores: apenas um gol em seis partidas.
Túlio ganhou notoriedade por estender sua carreira para além dos 40 anos, principalmente por perseguir a marca dos mil gols. Porém, números do site Futebol 80 indicam que o centroavante balançou a rede 695 vezes, sendo 578 em compromissos oficiais.
Folclore à parte, Túlio foi um grande atacante do país. Prova disso são os três artilheiros do Campeonato Brasileiro – 1989 (11 gols); 1994 (19 gols) e 1995 (23 gols) – um na Série B – 2008 (24 gols); e dois no C – 2002 (11 gols) e 2007 (27 gols).
A notícia foi anunciada, mas não pegou: lembre-se de negociação semelhante à de Dudu com o Cruzeiro foi publicada pela primeira vez em Sem Ataque, de Rafael Arruda.
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