Neste sábado (30/11), o Atlético viveu uma das derrotas mais dolorosas de sua história. Com mais um desde o primeiro minuto de jogo, o time decepcionou a torcida no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires-ARG, e perdeu por 3 a 1 para o Botafogo na final da Copa Libertadores.
O início não poderia ter sido mais esperançoso para a torcida atlética presente. O meia Gregore foi expulso após bater na cabeça de Fausto Vera, e a torcida explodiu de alegria na arquibancada.
Houve gritos de apoio em sequência por quase 15 a 20 minutos ininterruptos. Mas o que era felicidade logo se transformou em angústia.
O Atlético pouco criou em campo. Na entrada do campo, o técnico Gabriel Milito demonstrou apreensão, algo sentido também pelos atletas.
Em menos de 10 minutos, dois baldes de água fria. Luiz Henrique e Alex Telles deram dois gols ao Botafogo antes do final do primeiro tempo.
Praticamente todos os jogadores ficaram desanimados. Deyverson até tentou incentivar, mas sem sucesso. Mariano, do banco, também demonstrou apoio aos companheiros.
Mas o nervosismo tomou conta. O zagueiro Battaglia e o meio-campista Gustavo Scarpa discutiram acaloradamente após o argentino cometer uma falta.
Atmosfera de despertar nos bastidores
O Atlético até ganhou novo reforço com Eduardo Vargas, que marcou logo aos dois minutos do segundo tempo, mas não foi o suficiente. O chileno desperdiçou grandes oportunidades no final do jogo, e o Botafogo “fechou o caixão” com Júnior Santos, já nos acréscimos.
No final da partida, os jogadores do Galo desabaram em campo. Lyanco olhou para a arquibancada parecendo não acreditar no que havia acontecido.
Fora das quatro linhas, vários torcedores deixaram o Monumental ainda antes do segundo tempo. Os que ficaram saíram assim que o árbitro encerrou a partida.
“Por isso, agradecer aos torcedores do Atlético Mineiro, que vieram aqui, que vieram para Buenos Aires. Certamente fizeram um grande esforço para nos acompanhar e buscar esta Copa Libertadores. Sinto muita dor por eles, pelos jogadores – que deram o seu melhor e não conseguiram. Agora, é um momento complicado, difícil, difícil que teremos que passar. E siga. Siga em frente”, disse Milito.
Por questões logísticas, o Atlético só saiu do estádio às 23h, quatro horas após o término da partida. Hulk se pronunciou nas redes sociais antes mesmo de dar entrevistas na zona mista.
Além do capitão, falaram à imprensa o goleiro Everson, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o lateral-direito Mariano, os atacantes Deyverson e Paulinho. A atmosfera era como um velório. Deyverson demonstrou um pouco mais de entusiasmo ao falar, mas nada fora do comum. Hulk estava até emocionado, seus olhos estavam cheios de água.
“É um luto. Nosso time está muito triste pela derrota na final, pela perda do título. Matematicamente estamos fora da Libertadores de 2025, mas temos que terminar o ano com dignidade, temos mais dois jogos pela frente. Temos que vencer, somos profissionais”, lamentou Arana.
Sem muitos gols, o Atlético volta a campo nesta quarta-feira, às 19h, quando enfrenta o Vasco em São Januário, no Rio de Janeiro, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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