Igor Junio Benevenuto, do Goiás, que arbitra os jogos do Campeonato Mineiro, solicitou à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) licença para atuar como VAR no exterior até março de 2025. Assinou com a liga dos Emirados Árabes Unidos.
No exterior, o árbitro brasileiro afirma que ganhará até 60% mais do que ganharia se arbitrasse o estado de Minas Gerais.
“A diferença é muito grande, cerca de 60% a mais do que eu ganharia no estadual mineiro. No Brasil, por exemplo, quando você é árbitro da FIFA você ganha um pouco mais, tem uma remuneração um pouco melhor, mas tem o problema que é por jogo. Se eu trabalhar, ótimo. Se eu não trabalhar, não ganho dinheiro, posso ter algum problema físico, algum problema particular. Posso ter algum problema num jogo onde vou ter que fazer um treino, um período afastado melhorando, então tudo isso atrapalha. Aqui [Emirados Árabes] Vou ganhar em dólar”, disse Benevenuto em entrevista ao ge.
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O cenário de transferência de árbitros da FIFA
Nos últimos anos, movimento dos árbitros jogar em ligas internacionais tornou-se uma prática cada vez mais comum. Esta tendência reflete uma mudança nas perspetivas de carreira destes profissionais, que têm encontrado nos contratos no estrangeiro uma oportunidade de maior estabilidade financeira e profissional. A realidade de um salário mensal fixo, comparado com uma remuneração baseada no número de jogos arbitrados, oferece aos árbitros uma segurança que muitas vezes não é encontrada nos seus países de origem.
Igor Júnio Benevenutoum dos árbitros que se destaca neste contexto, explora uma oportunidade nos Emirados Árabes Unidos (EAU). A proposta, que inclui salário garantido independentemente do número de jogos, contrasta significativamente com o modelo de remuneração baseado em jogos popular no Brasil. Além do aspecto financeiro, o pacote abrange aspectos como moradia e transporte, elementos que contribuem para maior tranquilidade no desenvolvimento do trabalho.
Quais são as vantagens da arbitragem em países como os Emirados Árabes Unidos?
A principal vantagem relatada pelos árbitros que migram para ligas internacionais é a estrutura profissional oferecido. Os EAU, por exemplo, oferecem centros de formação de última geração, com instalações que vão desde campos de trabalho físico até tecnologias de melhoria táctica, como assistência por vídeo. Essa estrutura favorece o aprimoramento contínuo dos árbitros, algo que ainda enfrenta desafios em países com grandes extensões territoriais como o Brasil.
Além disso, a integração de uma rotina mais controlada e menos intensa do que em países onde o futebol sofre imensa pressão mediática pode ser um alívio. Nos Emirados Árabes Unidos, os árbitros desfrutam de condições para se concentrarem na melhoria das suas habilidades sem as constantes críticas e pressões sentidas nas ligas maiores.
Como funciona o processo de transferência de árbitros para ligas internacionais?
A transferência de um árbitro para trabalhar em ligas estrangeiras envolve várias etapas. Primeiramente é necessário obter autorização da federação de origem. No caso de Benevenuto, a Federação Mineira de Futebol e a CBF facilitaram o processo, refletindo o reconhecimento do prestígio que os árbitros brasileiros têm globalmente. Essa permissão garante que o profissional possa exercer suas funções sem violar as regulamentações locais.
Nessa troca, o aspecto do escudo FIFA merece destaque. Embora os árbitros trabalhem internacionalmente, o escudo continua vinculado ao país de origem. Ou seja, ao assumir um cargo em outro país, o escudo não é transferido, mas a experiência acumulada é gratificante e pode enriquecer o cenário local no retorno.
A Persistência da Pressão no Ambiente de Arbitragem Internacional
A pressão, inerente à carreira de árbitro de futebol, não desaparece completamente na transferência para outras ligas. Nos Emirados Árabes Unidos, apesar de um ambiente de trabalho mais organizado, ainda existem expectativas em relação ao desempenho dos árbitros. As responsabilidades e as análises críticas permanecem, mas a estrutura de apoio presente facilita uma melhor gestão do stress existente.
É importante reconhecer que, mesmo em ligas com menor exposição mediática do que as grandes competições europeias, a exigência e a vigilância nas decisões são constantes. Os árbitros, portanto, devem estar preparados para lidar com essas demandas globais, independentemente de onde trabalhem.
A especificidade dos convites aos árbitros para trabalhar no exterior
Para muitos profissionais, os convites para trabalhar internacionalmente são um reconhecimento de sua trajetória e expertise. Normalmente, tais propostas são destinadas a árbitros com experiência em competições de alto nível e capacidade técnica apurada. Esta prática não prevê uma “fuga” generalizada de árbitros para o estrangeiro; pelo contrário, simboliza uma troca estratégica de conhecimentos, onde o potencial de regresso ao país de origem com novas perspetivas e competências é uma possibilidade latente.
Exportar árbitros para o exterior pode ser visto como um enriquecimento de carreira, abrindo portas para um mercado mais amplo e diversificado, além de proporcionar uma valiosa experiência cultural. Esses elementos contribuem para a construção de uma carreira robusta e adaptada às necessidades globais do esporte.
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