Um dia antes do surto de operação contra Bruno HenriqueDo Flamengo, a Polícia Federal e o Ministério Público do DF e Territórios fizeram dois pedidos à Justiça referentes ao caso. Os pedidos, porém, não foram deferidos pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília – que avaliou tais medidas como constrangedoras.
Os órgãos queriam primeiramente a emissão de um mandado de busca e apreensão autorizando Bruno Henrique a ser revistado em vias públicas. Ao mesmo tempo, a PF e o MPDFT solicitaram anuência para coletas em qualquer quarto de hotel onde o atacante do Flamengo pudesse estar.
“O representado é um famoso jogador de futebol, atleta de clube de renome nacional e que disputa títulos em campeonatos nacionais. A medida, se autorizada na forma proposta, poderá afetar outro(s) atleta(s) que estejam dividindo quarto com o Representante e todos os demais integrantes da delegação. Além de obviamente ter potencial para causar tumulto no hotel, caso haja torcedores no local ou nas proximidades”, afirmou o juiz em sua negação.
Pesquisar em vias públicas
Ainda segundo informações do site Metrópoles, o juiz Barbagalo também indeferiu o pedido de busca e apreensão em via pública por exposição indevida.
Os agentes abordaram Bruno Henrique em seu residência na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã da última terça-feira (11/05).
“O pedido de autorização para busca e apreensão de busca pessoal contra o Réu na via pública também deve ser rejeitado. Além de expor indevidamente o Réu, como dito anteriormente, pessoa pública, poderá ser realizada durante a busca domiciliar já autorizada”, finalizou.
Os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, no Rio. O quarto de Bruno Henrique foi revistado, mas nada foi apreendido.
Investigação de Bruno Henrique
O atacante do Flamengo é suspeito de ter levado cartão na derrota para o Santos, no dia 1º de novembro de 2023, para beneficiar os apostadores.
A PF e o MPDFT alegam relação entre Bruno Henrique e os donos das contas do site de apostas.
Documento produzido por duas empresas estrangeiras – que prestam serviços à CBF – identificou “movimentações preocupantes do ponto de vista da integridade” no número de apostas. A análise corrobora o relatório da IBIA (International Betting Integrity Association) e também está em poder da PF.
Os valores de aposta para Bruno Henrique receber cartão especificamente no jogo contra o Santos, pelo Brasileirão, variam. O menor, de R$ 1.500, obteve um retorno de R$ 4.550 – ou seja, um lucro de R$ 3.050. O maior rendimento ficou em torno de R$ 6.100.
Bruno Henrique se diz inocente das acusações de manipulação e segue rotina no Flamengo. Inclusive, o atleta está com a delegação rubro-negra em Belo Horizonte para o jogo contra o Cruzeiro, nesta quarta-feira (11/6), pelo Brasileirão.
A notícia Juiz negou dois pedidos da PF sobre Bruno Henrique: ‘Potencial de motim’ foi publicado pela primeira vez em No Attack da Redação Jogada10
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