Responsável pelo retorno do América à Série A do Campeonato Brasileiro, Lisca tem lutado para manter a confiança dos jogadores. Os gritos efusivos do treinador, vindos do vestiário, puderam ser ouvidos na zona mista, após a emocionante vitória sobre o Coritiba, por 2 a 1, nesta sexta-feira (4/10), no Independência, pela 30ª rodada da Série B. a comemoração faz sentido: o Coelho segue vivo na luta pelo acesso.
O Alviverde foi para o intervalo perdendo por 1 a 0 – o primeiro foi sem brilho. O time nem sequer chutou para o gol. O segundo tempo mudou completamente – pressionando mais, encontrou uma chance de ouro na bola parada de Rodriguinho e depois virou com Davó, aos 40 minutos.
Lisca disse que o trabalho psicológico feito com os atletas do CT Lanna Drumond, antes mesmo do duelo, rendeu bons resultados, apesar de ter gerado uma carga emocional pesada, que se destacou antes que a emoção ‘virasse’ a favor.
“Estávamos deixando escapar em casa (no primeiro tempo), tínhamos que ter uma atitude diferente. Confesso que ontem, no final da tarde, criei uma dinâmica que afeta um pouco os aspectos emocionais e psicológicos, fazendo com que o jogador se expresse sobre a história, tudo o que viveu. E demorou muito, demoramos mais de duas horas e meia, afetou muito a emoção deles. No início do jogo ficamos um pouco travados. No intervalo retomamos tudo o que falamos ontem e toda a energia que esse grupo tem, a história que cada um tem, que é linda”, começou.
O treinador citou os erros cometidos e destacou que conseguiu reverter a situação motivando os atletas com o ‘fator casa’. Este ano, o América não perdeu no Independência.
“As pessoas acham que é fácil ser jogador, mas quando você começa a perguntar ao jogador o que, por que, isso traz muita emoção. Acho que isso nos atrapalhou um pouco no início do jogo. Mas conseguimos retomar e trazer essa emoção e esse aspecto de luta para o lado positivo. E aí crescemos, na parte tática, na parte técnica, erramos muito menos. No primeiro tempo erramos muitos passes. Pressionamos girados, mas deixamos muito espaço no meio. O time do Coritiba é um time qualificado, encontrou alguns passes, mas no segundo tempo conseguimos neutralizá-los bem e acho que foi merecido, porque eles não tiveram chances”
As trocas
O treinador também deu crédito às mudanças feitas ao longo da partida. Mesmo não alterando o esquema, as mudanças trouxeram refresco ao time, que retomou o ímpeto na etapa complementar.
“Acho que as trocas também foram muito legais. O Éder sentiu uma tontura e entramos com o Lucão, que entrou bem. E aí o Moisés, que tem sido um exemplo para nós, de dedicação, dedicação e pressão, ele é muito inteligente. O Fabinho também está bem e o Davó, que é muito importante para nós. Tive uma conversa muito importante com ele esta semana, destaquei a importância que ele tem no clube”, disse.
Por fim, o comandante comentou sobre a briga pelo acesso. Com a vitória, o América subiu para a quinta colocação, com 47 pontos – mesma pontuação do Mirassol, quarto colocado, mas que segue jogando nesta rodada.
“Acho que não é fácil, não é fácil, desde que cheguei aqui já sabia disso, mas também não é fácil para os outros. Estamos nos colocando na briga pelo terceiro e quarto lugar. Estamos cada vez mais perto de depender apenas de nós mesmos e em breve de uma ou outra combinação de resultados. Existem muitos confrontos agora. Mas agora, passo a passo. Todos os jogos são uma decisão. Com os pés no chão, mas lutaremos até o fim.”
A notícia América: Lisca revela trabalho psicológico com jogadores para manter a confiança na Série B foi publicada pela primeira vez no No Attack de Izabela Baeta.
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