OpenAI obtém linha de crédito rotativo de US$ 4 bilhões além do financiamento mais recente

A OpenAI tem uma linha de crédito rotativa de US$ 4 bilhões, elevando sua liquidez total para mais de US$ 10 bilhões, apurou a CNBC. Segue-se a notícia de quarta-feira de que a OpenAI fechou sua recente rodada de financiamento com uma avaliação de US$ 157 bilhões, incluindo os US$ 6,6 bilhões que a empresa levantou de uma extensa lista de empresas de investimento e grandes empresas de tecnologia.

JPMorgan Chase, Citi, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Santander, Wells Fargo, SMBC, UBS e HSBC participaram.

A linha de crédito básica é de US$ 4 bilhões, com a opção de aumentá-la em mais US$ 2 bilhões. O empréstimo não tem garantia e pode ser aproveitado ao longo de três anos. A taxa de juros da OpenAI é igual à Taxa de Financiamento Overnight Garantida mais 100 pontos base. O SOFR, uma medida do custo do empréstimo de dinheiro durante a noite, estava em pouco mais de 5% no início desta semana, o que significa que a OpenAI pagaria cerca de 6% sobre o dinheiro que toma emprestado imediatamente.

“Isso significa que agora temos acesso a mais de US$ 10 bilhões em liquidez, o que nos dá flexibilidade para investir em novas iniciativas e operar com agilidade total à medida que crescemos”, escreveu a OpenAI em uma postagem no blog na quinta-feira, acrescentando que a empresa planeja usar o dinheiro para investir em pesquisa e produtos, expandir infraestrutura e atrair talentos. “Isso também reafirma nossa parceria com um grupo excepcional de instituições financeiras, muitas das quais também são clientes da OpenAI.”

A última rodada de financiamento da OpenAI incluiu uma extensa lista de empresas de investimento e grandes empresas de tecnologia. Liderados pela Thrive Capital, que planejava investir US$ 1 bilhão, os investidores incluíam a atual patrocinadora Microsoft, bem como a fabricante de chips Nvidia. SoftBank, Khosla Ventures, Altimeter Capital, Fidelity Management & Research Co., MGX e Tiger Global também participaram, segundo fontes familiarizadas com a situação.

A rápida ascensão da OpenAI, que começou com o lançamento do ChatGPT no final de 2022, tem sido a maior história na indústria de tecnologia nos últimos anos, trazendo o conceito de inteligência artificial generativa para o mainstream e abrindo caminho para dezenas de bilhões de dólares de investimentos em infraestrutura de IA. No início deste ano, a OpenAI foi avaliada em US$ 80 bilhões, acima dos US$ 29 bilhões em 2023.

A OpenAI gerou US$ 300 milhões em receita no mês passado, um aumento de 1.700% desde o início do ano passado, confirmou a CNBC na semana passada, após reportagem do The New York Times. A empresa espera gerar US$ 11,6 bilhões em vendas no próximo ano, acima dos US$ 3,7 bilhões em 2024, de acordo com uma pessoa próxima à OpenAI que pediu para não ser identificada porque os dados financeiros são confidenciais.

Mas toda essa receita é extremamente cara, já que a OpenAI precisa aumentar as compras de unidades de processamento gráfico da Nvidia para treinar e executar seus grandes modelos de linguagem. A empresa espera perder cerca de US$ 5 bilhões este ano, disse a fonte. A Microsoft investiu bilhões de dólares na OpenAI e é um parceiro importante à medida que a gigante do software reforça seu negócio de nuvem Azure.

A OpenAI também passou por muitas dificuldades de crescimento nos últimos meses, incluindo a perda de executivos importantes, uma tendência que continuou na semana passada com as saídas da CTO Mira Murati, do chefe de pesquisa Bob McGrew e de Barret Zoph, vice-presidente de pesquisa.

A OpenAI realizou uma reunião geral na última quinta-feira após a decisão do conselho de considerar a reestruturação da empresa para um negócio com fins lucrativos, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto, que disse que caso a mudança ocorra, o segmento sem fins lucrativos permaneceria como um entidade separada.

Naquela reunião, o CEO da OpenAI, Sam Altman, negou relatos de planos para ele receber uma “participação acionária gigante” na empresa, chamando essa informação de “simplesmente falsa”, segundo a pessoa que estava presente.

O presidente da OpenAI, Bret Taylor, disse à CNBC em comunicado na semana passada que, embora o conselho tenha falado sobre o assunto, não há números específicos sobre a mesa.

“O conselho discutiu se seria benéfico para a empresa e para a nossa missão que Sam fosse remunerado com capital próprio, mas nenhum número específico foi discutido nem nenhuma decisão foi tomada”, disse Taylor.