E depois? Claudinha conta se tem contrato com Praia para retorno ao vôlei e detalha rotina

E depois? Claudinha conta se tem contrato com Praia para retorno ao vôlei e detalha rotina


E então? Claudinha explica se tem contrato com o Praia para retornar ao vôlei e detalha sua rotina (Seeter Claudinha vestiu a camisa do Praia Clube por 10 temporadas)

A levantadora Claudinha, reconhecida principalmente pelos anos de dedicação ao Praia Clube, tomou a difícil decisão de dar uma pausa na carreira para tentar realizar o sonho pessoal de ser mãe. Em entrevista exclusiva com No ataquea atleta revelou se tem contrato com o time de Uberlândia para retornar ao vôlei quando se sentir preparada e detalhou seus novos hábitos de olho no futuro.

O Praia Clube anunciou o elenco para a temporada 2024/25, que começa no dia 20 de setembro com o Campeonato Mineiro. Na estreia do time, não ter Claudinha em quadra certamente causará surpresa na torcida e na própria jogadora. Afinal, foram 10 anos defendendo a camisa aurinegra.

O time de Uberlândia estreia na temporada no dia 20 de setembro (uma sexta-feira), contra o Brasília, às 20h, no Sesi Taguatinga, na capital do país, pela primeira rodada do Campeonato Mineiro.

Você vai voltar?

Na verdade, nem Claudinha sabe dizer se voltará à quadra. Desde que ela anunciou a pausa, em abril deste ano, a ideia é voltar a praticar o esporte em alto rendimento. Mas ela certamente não tem controle sobre o futuro.

É uma decisão muito difícil. Claro, até lá, quero voltar. Será em um horário diferente. Não terei que começar do zero. Mas é um retorno da gravidez. Que Deus me permita viver isso. E também fica a sensação de ‘ok, tive o bebê e não quero voltar’. É difícil. É exaustivo a temporada ao longo dos anos

Cláudia, levantadora

O possível regresso será à Praia?

Claudinha detalhou que não há nada escrito e assinado com Praia, mas que já participou de conversas que tiveram seu retorno como tema principal: “Tanto com o patrocinador, como com o empresário e com o próprio presidente. No dia da coletiva de imprensa, que foi uma coisa bacana que fizeram, ele disse em público que posso ficar um ou dois anos, quando eu quiser, as portas estarão abertas.”

Durante a temporada, dominada por diversos tipos de cansaço, a levantadora pensou em parar de vez, mas recuperou o ânimo ao ser homenageada. Assistir às Olimpíadas e sentir um friozinho na barriga foi outro fator que a incentivou e despertou sua vontade de continuar.

Na sequência, a atleta detalhou que tem contrato com o clube para desenvolver planos paralelos: “Me chamaram para ser embaixadora da loja. Portanto, existem alguns projetos em andamento. Eles levam tempo. Alguns não foram feitos, mas quem sabe, não é mesmo? Eu estarei lá. De alguma forma, estarei lá.”

Atualmente morando em Santa Catarina para acompanhar o marido Pixote, atleta de futsal de Tubarão, Claudinha já anunciou que pretende ir a Uberlândia em alguns momentos para assistir Praia e reencontrar seus companheiros.

“Vou sentir falta de entrar em quadra. Aquela sensação, o jogo, o adversário, a adrenalina, o desafio. Tudo isso. O calor da multidão, a vibração. Hoje sinto falta da rotina. Mas não vou sentir tanta falta de viagens (risos). Cansado, certo? Mas faz parte”, detalhou ela.

  • Leia também: Motivada pelo sonho de ser mãe, Claudinha justifica folga do auge e revela suas angústias

Rotina atual

Ao dizer que sente falta da rotina como atleta, Claudinha contou um pouco sobre o momento atual de sua carreira e relatou uma questão preocupante: a falta de apoio.

“Penso no lado do atleta. Hoje não temos apoio. É você por você. De todas as formas: psicologicamente, para o trabalho. Estamos tentando descobrir um novo caminho porque a chave não gira. Estou estacionado há alguns meses e a chave não gira. Quando minha rotina começará? Não sei se, quando estiver grávida, a chave vai virar. Mas ainda não mudou. Para nós, atletas, é triste. A gente dedica a vida inteira a algo que você ama, que te traz alegria, e quando você tem um momento de decisão você não tem apoio nenhum”, disse.

Na sequência, ele disse que também entende as questões dos clubes: “Trabalhamos com direito de imagem. Tem os dois lados. De minha parte, sempre quis fazer certo.”

Neste período completamente diferente do que estava acostumada a vivenciar, Claudinha aproveitou para investir em si mesma.

“Eu digo que não vou ser um blogueiro. Mas começamos a mostrar o nosso trabalho, o trabalho da Claudinha um pouco mais fora de quadra. Está mais ou menos lá. O cuidado só continua… Entre em outro lado bacana. Você tem tempo para você, consegue se ver mais, fazer coisas que nunca conseguiria fazer durante a temporada”, relatou.

Entre os novos hábitos do levantador estão aulas de canto e faculdade de Educação Física. A escolha de se formar está relacionada ao futuro. Na visão da atleta, o percurso pode permitir que ela tenha opções na área quando decidir parar de vez.

Além do financeiro

Para os atletas, as finanças são a principal preocupação pós-carreira, mas Claudinha chamou a atenção para o aspecto psicológico. “Acordar e criar uma nova rotina é muito difícil, porque a nossa vida é muito intensa… Demorei para descobrir que fazer coisas fora do vôlei me deu qualidade de vida para o vôlei. Nesse momento eu me cobro demais”, disse ela.

Para evitar pressões internas, a levantadora recorre a conversas diárias com o marido: “É bom você ouvir porque tudo se alinha. Dizer ‘não, não preciso me cobrar assim, não preciso ser assim’. Você vai descobrir a si mesmo.”

O sonho ainda está vivo

Em meio à incerteza, Claudinha tem um sentimento que emerge. O desejo de competir nas Olimpíadas continua vivo dentro dela.

Na carreira, a levantadora teve apenas uma oportunidade na Seleção Brasileira. Em 2013, quando jogava pelo Campinas, recebeu convite do técnico José Roberto Guimarães. Mas depois disso, ela não teve outras chances.

“Não tem como não falar (das Olimpíadas). Ainda mais morando fora, da minha cama. É incrível, surreal. Conversando com Tainara, ela falou um pouco sobre a experiência ali. Mas, quando a pessoa fala, a gente não tem ideia do que realmente é… Pela minha idade, a pausa nesse momento, talvez as Olimpíadas sejam mais distantes. Ou não. Vemos Carol Gattaz fazendo história. Com essa pausa, minha lesão está tão bonita que digo que quando voltar estarei muito melhor. Eu me imaginei nas Olimpíadas”, disse ela.

As novidades E então? Claudinha conta se tem contrato com o Praia para voltar ao vôlei e detalha sua rotina foi publicada pela primeira vez no No Attack de Sofia Cunha.



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