Ao conhecer Rebeca Andrade, a ginasta que subiu ao panteão das melhores e fechou as Olimpíadas de Paris com um ouro inesperado, a psicóloga Aline Wolff encontrou uma menina de 13 anos que enfrentava as dificuldades de uma infância pobre, em pleno desenvolvimento. Nesses anos todos foram muitos altos e baixos – a tal ponto que Rebeca achou que não conseguiria mais, porque eram tantas lesões e dores.
Na arena de Bercy, a vida também era difícil. Estava, do outro lado do palco, a multimedalhista Simone Biles, em busca de mais. Todo mundo tem medo, mas Rebeca, de 25 anos, assustou o dela e acabou levando no chão a medalha de ouro, que todos acreditavam já ter um destino certo: a coleção de Simone.
Uma vez elevada ao topo do pódio e vivendo dias de celebridade, cercada de flashes e de pessoas querendo saber o que ela veste e o que come, a ginasta continua sob o olhar de Aline, que, como integrante do Comitê Olímpico Brasileiro ( A equipe COB) cuida da cabeça dos demais atletas que ainda estão na prova. Em Paris, ela conversou com VEJA.
Em meio a uma competição tão difícil e cercada de expectativas, Rebeca teve medo?
Todo mundo está com medo. A questão essencial é como lidamos com isso. E ela conseguiu muito bem, tinha certeza do que poderia fazer.
O fator Simone Biles te assustou?
Na verdade, fizemos alguns trabalhos para que Simone não fosse o foco. Nunca foi. Rebeca estava focada na sua e dá um bom exemplo nesse campo da saúde mental: mostrou como é possível ir longe, testar limites e sair inteiro, com a cabeça fria.
Dos 13 anos, quando você a conheceu, até hoje, quais momentos agudos da carreira de Rebeca você viu de perto?
Ela teve muitas lesões, o que lhe trouxe dores não só físicas, mas também psicológicas, a dor da incerteza sobre se conseguiria seguir a vida de atleta.
Como isso impactou você? Quando seu corpo não respondia e ele pensava que não poderia voltar às competições, sentia uma tristeza profunda, sem ficar deprimido. Muito bem cuidada pela equipe ao seu redor, o interessante é que tudo que ela passou a fortaleceu.
Rebeca dá um passo e então surge um flash. A mudança de patamar alcançada em Paris servirá de combustível para as conversas entre vocês?
Toda a situação que ela está vivenciando é maravilhosa, mas sujeita a estresse, e é preciso ter cuidado. O risco é que a pessoa se desapegue de seus valores e perca o contato consigo mesma. Mas Rebeca está muito bem. Ela voltará para casa decidida.
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