Movimentos rápidos daqui para lá, cortes certeiros e um resultado que já é o melhor do Brasil na história de um esporte em que os chineses são os donos da bola. Hugo Calderano, de 27 anos, do Rio de Janeiro, venceu o sul-coreano Wang Woojin sem sofrer gols nesta quinta-feira, em partida em que, perdoando a mistura de esportes, deu xeque-mate no adversário. Agora está nas semifinais.
Empurrado por uma improvável torcida verde e amarela – não é futebol, não é vôlei –, ele praticou o jogo cerebral que gosta. “Leva milissegundos para tomar uma decisão, é um tremendo esgotamento mental”, disse ele em um entrevista que deu para VEJA.
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Ao deixar a raquete e a bola de lado, após o 4 a 0, deixou-se fotografar sorrindo (nem sempre é assim) e abraçou o treinador, gritando “Huuuugoooô!”.
Ele então disse: “É muito difícil lutar com atletas que têm o tênis de mesa como cultura. Foi ótimo quebrar essa barreira.” E acrescentou: “Quero mais”.
CÉREBRO MIL
Calderano sempre lembra que o tênis de mesa envolve boa forma e cabeça afiada – talvez por isso se tornou um médico do Cubo de Rubik e se aventurou a aprender idiomas (espanhol, inglês, francês, alemão, além de experimentar italiano e chinês, a linguagem dos ases da bola). “Você não precisa ser o melhor, mas precisa estar em excelente forma e manter total concentração”, afirma. “É o lado físico e mental ao mesmo tempo.”
Aos 18 anos decidiu treinar em uma pequena cidade da Alemanha, a uma hora de Munique, onde existe um centro de excelência que atrai muitos atletas asiáticos por sua reputação. Seus colegas incluem alguns dos melhores jogadores de tênis de mesa da atualidade.
E assim, com base em dez horas de treino diário, chegou ao panteão dos dez primeiros do mundo, atualmente em sexto lugar, mas com resultados recentes que sinalizam uma bem-vinda ascensão na temporada pré-olímpica.
SORTE DE UM, SORTE DO OUTRO
Ainda aguardando o nome do próximo adversário, Calderano já sabe que não enfrentará Wang Chuqin, o chinês que ocupa o topo do ranking mundial. Ele ficou abatido com uma daquelas jogadas que nada tem a ver com o jogo em si.
Ao comemorar o ouro na prova de duplas, ele perdeu o controle da raquete e ocorreu o acidente. Correndo de um ângulo, um fotógrafo pisou no precioso instrumento de Wang, deixando-o chocado. No dia seguinte, com a raquete sobrando, acabou eliminado. Zebra.
Sem Wang na disputa, foi mais fácil para Calderano enfiar a corda na mesa e subir os degraus. Quem sabe, talvez até o pódio inédito.
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