Câmara aprova mais recursos para garantir crédito à agricultura familiar – Notícias

Câmara aprova mais recursos para garantir crédito à agricultura familiar – Notícias


27/08/2024 – 20:11

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Sessão da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (27) um projeto de lei que aumenta os recursos dos fundos para garantir crédito rural aos agricultores familiares. O assunto será enviado ao Senado.

De autoria do Poder Executivo, o Projeto de Lei 2.750/24 foi aprovado com substituir da deputada Juliana Kolankiewicz (MDB-MT) e permite que a União coloque mais R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para garantir exclusivamente empréstimos contratados no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O FGO garante o pagamento ao banco das parcelas do empréstimo que não poderão ser pagas pelo devedor da dívida.

Além desse dinheiro, a garantia das operações do Pronaf também incluirá sobras de garantias anteriormente direcionadas ao programa Desenrola Brasil de renegociação de pequenas dívidas.

Porém, apenas os recursos não comprometidos com empréstimos honrados pelo FGO ou não vinculados aos custos operacionais da Desenrola até o seu encerramento poderão ser redirecionados para a nova finalidade.

Valores garantidos
Um ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar estabelecerá as regras sobre a destinação de recursos (áreas prioritárias, por exemplo), condições de crédito (juros, carência etc.), rendimentos ou limites de receitas dos beneficiários, os critérios de participação das instituições financeiras e outros detalhes.

Quanto ao máximo a ser garantido pelo FGO Pronaf, poderá ser honrado até 100% de um empréstimo, mas esse mesmo ato definirá o percentual do valor total dos empréstimos de cada banco nesta modalidade que será garantido.

Devoluções
Os recursos não utilizados pelo FGO Pronaf até 31 de dezembro de 2027 serão devolvidos à União após 60 dias de auditoria anual do fundo. A partir de 2028, o dinheiro não comprometido com as garantias concedidas será devolvido anualmente à União.

Alocação orçamentária
O relator aceitou emenda do plenário da deputada Bia Kicis (PL-DF) para incluir no texto a necessidade de dotação orçamentária específica para a União pagar cotas no FGO.

Debates
Durante a votação, deputados do governo e de bases da oposição se revezaram na defesa e na crítica ao projeto.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) afirmou que, com a ampliação dos recursos para garantir o Pronaf, mais agricultores poderão ser beneficiados pelo financiamento. “Significa que vamos produzir alimentos, gerar desenvolvimento e renda, aquecer a economia. Infelizmente, 33 milhões de pessoas ficam no mapa da fome, sem o que comer. ser alguém que produz alimentos”, destacou. .

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) destacou a importância da agricultura familiar para o mercado interno. “O governo deveria ter trabalhado nisso desde o ano passado. A proposta atende a um setor muitas vezes esquecido, pouco visível, mas fundamental na vida nacional. sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente”, elogiou.

O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) observou que os agricultores familiares não têm condições de oferecer garantias para obter financiamento. “O pequeno produtor rural não pode dar garantia, não tem patrimônio. É a força do seu trabalho, do seu conhecimento e da sua vontade de trabalhar com a família para poder produzir”, afirmou. “O Nordeste é uma das regiões que mais se beneficiou com o Pronaf. Depois que ele foi introduzido no Maranhão, a produção rural aumentou muito.”

Transparência e segmentação
Deputados da oposição criticaram a proposta. A deputada Bia Kicis (PL-DF) acusou o governo de falta de transparência na destinação dos recursos do Pronaf. “Temos uma desconfiança legítima em como esse dinheiro será emprestado aos pequenos agricultores. Estamos preocupados com a falta de transparência e com a destinação do dinheiro de forma descontrolada e direcionada a amigos do governo. “, afirmou ela.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) também questionou a destinação de recursos, que segundo ele poderia ter motivação eleitoral. “O governo só vai mandar os recursos para onde importa eleitoralmente. Tenho certeza que você que está me observando não vai receber, a única certeza é que vai pagar, porque esse recurso é tirado à força de toda a população através de impostos “, criticou.

Gilson Marques também lamentou que o projeto não exija garantia do banco. “Com a sua garantia, o banco teve um incentivo para ir atrás do crédito, agora ele vai emprestar sem ter nenhum tipo de risco sem saber se a pessoa é um bom pagador ou não”.

O deputado Welter (PT-PR) refutou acusações de direcionamento político de recursos. “Não tem como direcionar o crédito. Quem define quem vai financiar é o banco”, argumentou. Welter estima que 3 milhões de agricultores familiares não conseguem ter acesso ao financiamento. “Muitas vezes o produtor fica limitado porque o banco quer garantias”, observou.

Relatório – Eduardo Piovesan
Montagem – Roberto Seabra



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