A decisão de concentrar incentivos para carros híbridos em São Paulo, deixando de fora os veículos elétricospode parecer contraditório, tendo em conta que os veículos 100% eléctricos são, em geral, considerados mais ecológicos em termos de emissões poluentes.
Mas por que o Governo de SP tomou essa decisão? Vamos tentar explicar.
Por que o Governo de SP quer incentivos apenas para carros híbridos?
Na terça-feira, 10 de dezembro, 53 deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) votaram pela aprovação do projeto de lei 1510/2023, que concede isenção de IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) para carros híbridos flex, ou etanol e movidos exclusivamente a hidrogênio.
A medida, se aprovada, garantirá 2 anos de isenção para esses veículos e cobrará taxa de 1% a partir de 2027, aumentando para 2% em 2028, 3% em 2029 e 4% a partir de 2030.
Agora, o O projeto aguarda sanção certa do governador Tarcísio de Freitas.
O Governo justifica a escolha pela redução da emissão de gases poluentes, bem como incentiva novos investimentos na produção de veículos movidos a energia limpa e renovável no estado.
Por que não entraram os 100% elétricos?
Esta decisão pode ser justificada pela fase de transição da indústria automóvel que vivemos. Ao incentivar os híbridos, o governo pode estar buscando uma transição gradual, permitindo o desenvolvimento da infraestrutura e da produção de veículos elétricos.
Acontece que, ao promover esse tipo de tecnologia, o governo também incentiva a indústria automobilística brasileira, que recentemente recebeu incentivos federais para a produção de carros híbridos-flex.
Toyota foi pioneira com a linha Corolla Hybrid e agora a Stellantis, que lançou os modelos Fiat Fastback e Pulse com tecnologia Bio Hybrid. Outras também se preparam para lançamentos, como Chevrolet, Volkswagen e Hyundai.
Isso beneficia não apenas o mercado automobilístico, mas também o setor sucroalcooleiro. A produção de cana-de-açúcar cresceu 10,9%, estimada em 677,7 milhões de toneladas na safra 2023/24.
ABVE critica medida
A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) divulgou nota criticando o projeto:
“ABVE lamenta a aprovação do PL 1510 pela Assembleia Legislativa de São Paulo (…), por considerá-lo desigual e discriminatório em relação aos veículos elétricos com zero ou baixa emissão, que são os que mais contribuem para a saúde e segurança públicas . eficiência energética dos transportes.”
Como os novos micro-híbridos tendem a substituir rapidamente, a baixo custo, o actual flex convencional, o resultado poderá ser paradoxal para as contas públicas: um incentivo a novas tecnologias que, na prática, beneficiarão a maior parte do mercado – excluindo aquelas que descarbonizar efetivamente o meio ambiente, como BEVs 100% elétricos e híbridos plug-in PHEV.
É importante destacar que se trata de um decisão complexa que envolve diversos fatores econômicos, sociais e ambientais.
A exclusão dos veículos eléctricos dos incentivos pode gerar mais debate e críticas, mas também pode ser vista como uma estratégia para promover a transição para veículos mais eficientes de forma gradual e sustentável.
Leia também: Qual é o carro híbrido mais barato em 2024?
Escrito por
Meu nome é Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Escritor/Jornalista desde 2009 e no segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como funcionam os carros, inclusive o rabo de parafuso.
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