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A Editorial Sul
| 27 de julho de 2024
Os dados constam no Portal da Transparência do MP-MT. (Foto: Divulgação/MP-MT)
No primeiro semestre deste ano, um grupo de 21 procuradores e um promotor público de Mato Grosso receberam salários superiores a R$ 600 mil líquidos cada – uma média de R$ 100 mil por mês após impostos. Outro grupo de 70 procuradores e advogados faturou mais de R$ 500 mil líquidos cada um no período, média mensal de R$ 83,3 mil.
Os dados constam do Portal da Transparência do Ministério Público de Mato Grosso. Em nota, o MP afirmou que “nenhum associado recebe subsídio que não cumpra o teto constitucional e as diretrizes da legislação vigente”.
“Os pagamentos ocasionais, alguns de natureza compensatória, não devem ser comparados para efeitos de teto, pois não estão incorporados no subsídio. Nos primeiros meses do ano, alguns membros receberam valores relativos a responsabilidades do ano anterior, mas são pagamentos pontuais em função da disponibilidade financeira”, alegou a instituição.
A maior renda vem do procurador Luiz Eduardo Martins Jacob, que ingressou no MP em 1983. Ele recebeu R$ 741 mil líquidos entre janeiro e junho deste ano, o que dá uma média mensal de R$ 123 mil líquidos.
Considerando os valores pagos mês a mês, Martins Jacob teve os maiores salários do Ministério Público em abril (R$ 194,1 mil líquidos; em valores brutos foi de R$ 216,1 mil) e maio (R$ 220,9 mil líquidos; em valores brutos valores, R$ 242,9 mil).
Há registro de procuradores e procuradores que ultrapassam em mais de quatro vezes o teto do funcionalismo público, valor pago a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que deveriam atuar como governantes para conter o aumento dos supersalários do funcionalismo público.
O procurador Luiz Eduardo Martins Jacob Filho, filho do procurador Jacob, está na lista de quem recebeu mais de R$ 500 mil neste ano – chegou a R$ 533 mil livres.
Salario maior
Os maiores salários pagos ao deputado mato-grossense em janeiro e fevereiro pertencem ao ex-procurador Marcos Regenold Fernandes, indicado para uma vaga no Tribunal de Justiça do Estado após indicação do quinto desembargador constitucional – vaga reservada no Tribunal para membros do Ministério Público.
Regenold teve o maior lucro líquido do MP em um único mês no primeiro semestre: R$ 314,2 mil, em fevereiro, ou R$ 349,4 mil brutos. Em janeiro recebeu R$ 159,8 mil líquidos (bruto R$ 202,9 mil).
Em termos globais, o Ministério Público de Mato Grosso desembolsou no primeiro semestre R$ 159,5 milhões na folha de pagamento de seus procuradores e procuradores. Segundo o Portal da Transparência do MP, nenhum procurador ou procurador recebeu descontos por causa do teto constitucional.
As informações sobre os valores descontados na folha de pagamento do MP mostram que, quando somados, os descontos das contribuições previdenciárias e do Imposto de Renda nem sempre correspondem ao total descontado, que por vezes é superior.
O Portal da Transparência explica que a “redução do teto” só se aplica à remuneração base bruta, que inclui o subsídio pago a promotores e advogados, acrescida de “vendas remunerativas, legais ou judiciais” (vantagem pessoal nominalmente identificável, adicional por tempo de serviço, quintos, décimos e vantagens decorrentes de decisão judicial ou prorrogação administrativa).
Os valores que mais impulsionaram os salários dos procuradores e procuradores de Mato Grosso foram marcados nas rubricas “abono” e “licença”, registrados como “outras remunerações”, além de verbas de compensação, que não são discriminadas.
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Ministério Público: em Mato Grosso, promotores ganham em média R$ 123 mil por mês
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