25/07/2024 – 15h40
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Deputada Meire Serafim, autora do projeto
O Projeto de Lei 1.242/24 prevê que as secretarias de Segurança Pública dos estados e do Distrito Federal disponibilizem aplicativo para recebimento de informações sobre ocorrência de violência doméstica e familiar contra a mulher.
De acordo com a proposta em análise na Câmara dos Deputados, o O aplicativo deverá disponibilizar recursos de acessibilidade que permitam sua utilização por mulheres com diversos tipos de deficiência, incluindo suporte à comunicação via texto, voz e Língua Brasileira de Sinais (Libras).
As informações recebidas pelo aplicativo serão encaminhadas automaticamente aos órgãos competentes, visando garantir agilidade no atendimento.
Ainda de acordo com o texto, a Administração Pública poderá estabelecer parcerias com organizações da sociedade civil, bem como contratar pessoas físicas ou jurídicas, para manutenção do aplicativo. A gestão do serviço será financiada, entre outras fontes, por recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Mulheres com deficiência
Autora da proposta, a deputada Meire Serafim (União-AC) destaca que alguns estados já disponibilizam esse tipo de ferramenta, como o aplicativo “Maria da Penha Virtual”, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Ela acredita que, para as mulheres com deficiência, a iniciativa é ainda mais importante.
“Considerando a vulnerabilidade acrescida destas mulheres, tanto por questões de género como de deficiência, a disponibilização de uma ferramenta tecnológica específica é uma medida essencial”, afirmou.
“A aplicação não só facilitará o acesso à assistência e proteção jurídica, mas também funcionará como um importante mecanismo de recolha de dados, monitorização de casos e melhoria das políticas de segurança pública e inclusão”, acrescentou.
Iniciativa existente
Hoje, mulheres em situação de violência podem ligar para a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – ou fazer uma denúncia pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O suporte por chat está disponível no site e é acessível para Libras.
Em processamento
A proposta será analisada em caráter conclusivo por comissões na Defesa dos Direitos da Mulher; Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre o processamento de faturas
Relatório – Lara Haje
Montagem – Roberto Seabra
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